China alerta para "pneumonia desconhecida" que matou 450 pessoas numa semana
Ministério da Saúde dá conta de mais de 32 mil casos de doença misteriosa.
A embaixada da China no Cazaquistão alertou para uma doença não identificada no país que já infetou milhares de pessoas e que será responsável pela morte de mais de 450 pessoas só na última semana. Os oficiais chineses referem-se à doença como "uma pneumonia desconhecida", que está a revelar-se mais mortal do que o novo coronavírus.
O site da embaixada refere vários surtos da doença reportados em Atyrau, Aktobe e na cidade de Skymkent desde junho e dá conta de que vários cidadãos chineses, residentes no Cazaquistão, já morreram da doença misteriosa.
Segundo o Ministério da Saúde do Cazaquistão, foram registados mais de 32 mil casos de pneumonia entre 29 de junho e 5 de julho, assim como 451 mortes, mas a embaixada da China afirma que já havia casos detetados desta "pneumonia desconhecida" há mais tempo, dando conta de 1772 casos alegadamente detetados até junho.
O Ministério da Saúde od Cazaquistão desvaloriza o alerta deixado pela China e admite tratar-se "apenas de um surto de pneumonia comum". "A taxa de mortalidade desta doença é muito superior à do novo coronavírus. As autoridades de Saúde do Cazaquistão estão a fazer testes de comparação com o vírus da pneumonia, mas o vírus que causa esta doença não foi ainda identificado", lê-se na nota publicada.
"Há mais de 300 pessoas a serem internadas com esta doença todos os dias", alerta Saule Kisikova, responsável regional de Saúde de Nur-Sultan em entrevista ao Kazinform.
No Cazaquistão, desde o início da pandemia de covid-19, contam-se mais de 50 mil casos de coronavírus e pelo menos 264 mortes devido à doença.
Governo do Cazaquistão nega surto, mas admite "pneumonia virais de origem não verificada"
O Ministério da Saúde do Cazaquistão nega que esteja perante um surto de uma doença desconhecida e, esta sexta-feira, garante que o alerta feito pela Embaixada da China é baseado "em informações falsas". "A informação publicada em alguns meios de comunicação chineses sobre um novo tipo de pneumonia está incorreta", afirma o executivo, confirmando ainda assim "pneumonias virais de origem não especificada".
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