China vai contra-atacar taxas alfandegárias dos EUA

"Os consumidores não só estão desprotegidos, mas [as taxas] prejudicarão os interesses dos negócios e do povo norte-americanos", afirma o Ministério do Comércio chinês.

06 de julho de 2018 às 08:07
Donald Trum e Kim Jong-un Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Trump China
Cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un Foto: Reuters
Donald Trum e Kim Jong-un Foto: Jonathan Ernst/Reuters
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Donald Trum e Kim Jong-un Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Trump cumprimenta Kim Jong-un Foto: Reuters
Lu Kang Foto: Getty Images
Lu Kang Foto: Getty Images
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A China afirmou que empreenderá os "contra-ataques necessários", em resposta às taxas alfandegárias que esta sexta-feira entram em vigor nos Estados Unidos sobre 34.000 milhões de dólares (29 mil milhões de euros) de importações chinesas.

"A China prometeu não efetuar o primeiro disparo, mas para defender os interesses do país e da população é forçada a realizar os contra-ataques necessários", afirmou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado.

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Em abril, Pequim anunciou que ia retaliar contra as medidas de Washington ao punir as exportações norte-americanas no mesmo valor, suscitando receios de uma guerra comercial total entre as duas maiores economias do mundo.

"Notificaremos rapidamente a OMC [Organização Mundial do Comércio] sobre a situação e trabalharemos com outros países para proteger em conjunto o livre comércio e o sistema multilateral", de acordo com o mesmo comunicado.

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O Ministério lamentou que os "Estados Unidos tenham violado as regras da OMC e tenham lançado a maior guerra comercial de sempre da história económica".

As ações de Washington "colocam em perigo a cadeia industrial global, dificultam a recuperação económica, causam volatilidade no mercado e afetarão muitas corporações multinacionais inocentes, empresas e países concorrentes", afirma.

"Os consumidores não só estão desprotegidos, mas [as taxas] prejudicarão os interesses dos negócios e do povo norte-americanos", acrescentou.

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O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou claro que novas taxas alfandegárias sobre produtos chineses entram esta sexta-feira em vigor e que está preparado para uma guerra comercial com Pequim.

Trata-se da primeira de uma série de medidas retaliatórias de Washington contra alegadas "táticas predatórias" por parte de Pequim, que visam o desenvolvimento do seu setor tecnológico.

Trump garantiu já que taxas adicionais serão impostas nas próximas duas semanas sobre mais 16 mil milhões de dólares de exportações chinesas para o país.

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Caso Pequim rejeite ceder às exigências norte-americanas e decida retaliar, o líder norte-americano prometeu que punirá ainda mais produtos chineses, até um total de 550 mil milhões de dólares, mais do que valor total das exportações chinesas para o país no ano passado.

A administração norte-americana acusou a China de roubo de tecnologia e de exigir às empresas estrangeiras que transfiram 'know how' em troca de acesso ao mercado. Trump quer ainda uma balança comercial mais equilibrada com o país asiático.

Pequim retalia 

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O porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Lu Kang anunciou a imposição de medidas numa conferência de imprensa, em Pequim, mas sem detalhar quais serão os produtos ou valores envolvidos.

Em abril, Pequim anunciou que retaliaria as medidas de Washington ao punir as exportações dos EUA no mesmo valor, suscitando receios de uma guerra comercial total entre as duas maiores economias do mundo.

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