Ex-conselheiro de Trump mentiu sobre negócios na Rússia
Revelações reforçam suspeita de conluio entre o presidente dos EUA e o Kremlin.
O antigo advogado e ex-conselheiro de Donald Trump admitiu ter mentido ao Congresso sobre os contactos da campanha do presidente dos EUA com a Rússia.
Michael Cohen confessou esta quinta-feira, em tribunal, que contactou um responsável do Kremlin para negociar apoios do governo russo a um projeto de Trump Tower em Moscovo e que os contactos se mantiveram durante a campanha presidencial.
Numa declaração que põe seriamente em causa o presidente, Cohen garantiu que Trump continuou a tentar concretizar o projeto imobiliário na capital russa até junho de 2016, vários meses após o início das primárias republicanas, quando ele era já favorito à nomeação pelo Partido Republicano.
Cohen admite ter mentido em agosto de 2017, no Congresso, quando disse que o projeto de Trump Tower foi abandonado em janeiro de 2016. Alega que mentiu para não contradizer a versão de Trump de que não houve contactos com a Rússia após o início das primárias, a 1 de fevereiro de 2016.
As novas revelações põem em causa a versão do presidente, reiterada nas respostas enviadas recentemente à comissão de Robert Mueller, que investiga a interferência russa nas presidenciais.
"É uma pessoa fraca e pouco inteligente", afirmou Trump, alegando que Cohen está a mentir para ter redução de pena pelos crimes de que é acusado, como o de violar as leis de financiamento de campanha, delito que confessou em agosto passado.
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