Comissão Europeia contribui com mais 30 milhões de euros para ajudar o Líbano
Explosões no porto de Beirute provocaram pelo menos 158 mortos, 6.000 feridos e dezenas de desaparecidos.
A Comissão Europeia anunciou este domingo que vai enviar mais 30 milhões de euros para o Líbano, que se juntam aos 33 milhões de euros já alocados para cobrir as necessidades mais urgentes, após a explosão no porto de Beirute.
Citado em comunicado, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, afirmou que a União Europeia (UE) está mobilizada, desde o primeiro dia, para apoiar o Líbano, enviando para Beirute especialistas e ajuda médicas, a que se juntam os esforços individuais de alguns Estados-membros.
"À medida que as necessidades aumentam, estamos a fornecer ajuda humanitária a centenas de milhares de pessoas vulneráveis [...]. A UE está a fornecer abrigo, cuidados médicos de emergência, água, saneamento básico, bem como ajuda alimentar", sublinhou.
De acordo com o executivo comunitário, o novo financiamento será canalizado através das agências das Nações Unidas, organizações não-governamentais (ONG) e organizações internacionais, estando sujeito a um rigoroso controlo.
Na quinta-feira, Bruxelas já tinha anunciado o envio de 33 milhões de euros de ajuda de emergência para o Líbano, para além de equipas e meios técnicos.
Para além da verba, prometida pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa conversa telefónica com o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, a UE colocou à disposição de Beirute equipas especializadas na deteção química, biológica, radiológica e nuclear e um navio militar com capacidade de helicóptero para evacuação médica, e equipamento médico e de proteção.
A UE destacou já mais de 100 bombeiros altamente treinados de busca e salvamento, com veículos, cães e equipamento médico de emergência.
As Nações Unidas e a França organizaram este domingo uma videoconferência de doadores para o Líbano.
As explosões de dia 4 de agosto no porto de Beirute provocaram pelo menos 158 mortos, 6.000 feridos e dezenas de desaparecidos. Segundo o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, encontravam-se armazenadas 2.750 toneladas de nitrato de amónio nos armazéns. A substância esteve guardada durante seis anos, "sem medidas cautelares".
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