Comunicado genérico salva a face do G20

Líderes querem revitalizar o comércio mundial e todos menos os EUA prometem empenho contra mudanças climáticas.

02 de dezembro de 2018 às 01:30
Trump planeava oferecer um apartamento milionário a Putin em Moscovo Foto: Reuters
Donald Trump e Mohammed bin Salman Foto: Reuters
Donald Trump e Mohammed bin Salman Foto: Reuters
Cimeira do G20 inaugurada em Buenos Aires com apelos à cooperação Foto: EPA
Cimeira do G20 inaugurada em Buenos Aires com apelos à cooperação Foto: EPA

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Apesar das tensões causadas pela situação na Ucrânia, pela guerra comercial entre os EUA e a China e pelas suspeitas que recaem sobre o príncipe saudita no assassínio do jornalista Jamal Khashoggi, a cimeira do G20, que ontem encerrou em Buenos Aires, Argentina, terminou com uma declaração final acordada entre os participantes.

"Chegámos a um acordo sobre um comunicado", anunciou o presidente argentino, Maurício Macri, ante aplausos na sala, pois nem sempre as cimeiras do G20 encerram com um acordo para uma declaração final.

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No documento, não vinculativo, os líderes dos países mais industrializados e das economias emergentes comprometem-se a melhorar o sistema comercial internacional e 19 deles reiteraram, também, compromissos para combater as alterações climáticas. O presidente Donald Trump retirou os EUA do acordo de Paris, pelo que não assinou este ponto da declaração.

À margem dos encontros, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente russo, Vladimir Putin, acordaram manter em breve reuniões para debater os acontecimentos no Estreito de Kerch, onde a Rússia atacou navios ucranianos.

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Quanto ao caso Khashoggi, levou quase todos os líderes a evitarem contactos com o líder saudita. Contudo, o secretário- -geral da ONU, António Guterres, reuniu-se com Mohammed bin Salman para debater aspetos da parceria do reino saudita com a ONU.n *Com agências

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