Copiloto tinha tendências suicidas
Lubitz recebeu tratamento psicoterapêutico.
O copiloto suspeito de ter "deliberadamente" despenhado o avião da Germanwings, com 150 pessoas a bordo, Andreas Lubitz, tinha sido tratado no passado por tendências suicidas. A informação foi agora revelada por procuradores alemães.
"Há vários anos, ainda antes de se ter tornado piloto, o copiloto recebeu tratamento psicoterapêutico durante um largo período de tempo por apresentar notórias tendências suicidas", disse o gabinete dos procuradores em Dusseldorf.
A mesma fonte diz ainda que, desde então, Lubitz não terá demonstrado pensamentos suicidas nem comportamentos agressivos durante as consultas médicas.
Pai vive angústia
Bernard Bartolini, que preside à câmara da localidade que fica próxima de Prads-Haute-Bléone, o sítio onde se despenhou o avião da Germanwings, afirmou à cadeia de televisão francesa "BFM TV" que o pai de Andreas Lubitz "sente sobretudo a responsabilidade do drama" e "passa por uma angústia extrema".
O conteúdo da caixa negra encontrada aponta que Andreas Lubitz foi o responsável pelo embate do avião contra as montanhas, depois de aproveitar a ausência do comandante do 'cockpit' da aeronave, provavelmente para usar a casa de banho, e foi impedido de voltar a entrar pelo copiloto, que bloqueou a porta.
Copiloto provoca tragédia Nesse período, o copiloto acionou deliberadamente o processo de descida do avião, ignorando as pancadas na porta, as tentativas de comunicação da torre de controlo e os alarmes do próprio aparelho.
Copiloto provoca tragédia
Bartolini referiu ainda na entrevista à televisão francesa que na quinta-feira o pai do copiloto esteve numa cerimónia no povoado vizinho de Le Vernet juntamente com os familiares da tripulação.
Algumas pessoas, entre os familiares das vítimas, procuravam, segundo Bartolini, "levar com eles pedaços de terra ou pedras para começarem a fazer o luto".
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