Crianças da Tailândia com longo período de recuperação

Meninos vão ficar entre sete a dez dias internados no hospital seguidos de um mês de repouso em casa.

12 de julho de 2018 às 01:30
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'Javalis Selvagens', resgate, gruta, Tailândia Foto: CMTV
Voluntários celebram salvamento de todas as crianças presas em gruta da Tailândia Foto: Reuters
Missão cumprida. Crianças e treinador resgatados com vida da gruta na Tailândia Foto: Reuters
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Os médicos estão satisfeitos com a recuperação dos 12 menores tailandeses salvos da gruta e do seu treinador que, apesar de mais magros, aparentam estar bem de saúde e não terem sofrido efeitos psicológicos significativos.

Sorridentes e a acenar. É assim que aparecem no primeiro vídeo divulgado pelas autoridades os menores que, deitados em macas e com máscaras faciais, estão a recuperar no hospital de Chiang Rai, a cerca de 70 quilómetros da gruta de onde foram resgatados. Vai ser uma recuperação morosa: os jovens vão ficar internados, pelo menos, sete a dez dias e vão precisar de repousar mais um mês em casa.

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No vídeo, aparecem também os pais dos menores, que finalmente puderam visitá-los, ainda que a uma distância de dois metros para prevenir a transmissão de possíveis infeções. Os quatro meninos e o treinador que foram resgatados no último grupo, terça-feira, não aparecem nas imagens por ainda estarem em isolamento.

Depois de terem passado fome e sede dentro da gruta, as crianças perderam, em média, dois quilos, mas o seu estado geral não inspira cuidados. Os médicos dizem ainda que as crianças não apresentam sinais de stresse.

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Ainda assim, Manuela Sofia de Sousa, especialista em Psicologia Clínica, explicou ao Correio da Manhã que "o facto de aparecerem sorridentes, não afasta a hipótese de uma recaída ou até de perturbações, como ataques de pânico, à medida que o tempo passa".

Bombas falharam após o resgate

As bombas industriais que ajudaram a reduzir drasticamente o nível da água na gruta falharam pouco depois da saída do último grupo de menores, fazendo com que as águas subissem rapidamente e levando dezenas de mergulhadores e voluntários a correr para a saída.

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Se a falha tivesse acontecido mais cedo "poderia ter ocorrida uma tragédia", dizem as autoridades.

Médico herói perdeu o pai enquanto estava com as crianças na gruta

O médico australiano Richard Harris, que passou vários dias na gruta com os menores e avaliou o seu estado de saúde para decidir quem devia sair primeiro, ficou a saber quando saiu da gruta que o seu pai faleceu enquanto ele ajudava as crianças.

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"Harry colocou a missão em primeiro lugar. Deu tudo para ajudar e agora recebe esta triste notícia sobre o pai, que era também o seu melhor amigo. É muito duro", disse um colega do médico em Adelaide, Austrália. A causa da morte não foi divulgada.

Menores sedados durante o resgate

Vários mergulhadores que participaram na operação de salvamento dos ‘Javalis Selvagens’ confirmaram esta quarta-feira que os menores e o treinador foram sedados para não entrarem em pânico durante o resgate. "A maior parte estava a dormir. Alguns mexiam os dedos mas estavam zonzos", afirmou um fuzileiro da Marinha tailandesa.

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Um mergulhador espanhol confirmou as palavras do colega: "Os rapazes foram sedados. Estiveram inconscientes o tempo todo [do resgate]. Respiravam livremente mas estavam drogados", disse Fernando Raigal, contrariando assim a versão oficial de que os rapazes apenas tomaram medicamentos para reduzir a ansiedade.

As afirmações parecem ser confirmadas pelas imagens esta quarta-feira divulgadas pela Marinha, que mostram os jovens imóveis e aparentemente adormecidos nas macas durante o resgate.

30 minutos submersos

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Macas em ‘slide’

Nalgumas zonas sem água mas de difícil acesso as macas foram transportadas pelo ar, presas por cordas num ‘slide’.

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