Desflorestação na Amazónia caiu 50% em 2023 mas aumentou noutros biomas do Brasil

No Cerrado foi registado um aumento de 43% na destruição provocada por invasores ilegais.

06 de janeiro de 2024 às 13:54
Amazónia Foto: Reuters
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A desflorestação na Amazónia diminuiu significativamente 50% no ano passado, 2023, alcançando o menor índice de devastação desde 2018, mas aumentou em outros biomas brasileiros, principalmente no Cerrado. Neste segundo bioma, o segundo mais importante do Brasil, foi registado um aumento de 43% na destruição provocada por invasores ilegais, como garimpeiros, pescadores, madeireiros e pecuaristas predatórios.

De acordo com o INPE, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que divulgou os dados referentes ao ano civil (de Janeiro a Dezembro) de 2023 esta sexta-feira, ao longo do ano passado 5.151,6 km2 de área verde foram destruídos na Amazónia, uma queda de exatos 50% em relação ao ano anterior, 2022. A expressiva redução na devastação da Amazónia legal, que representa 59% do território brasileiro, aconteceu após o recorde de desflorestação registado em 2022, quando mais de 10,2 mil km2 de área verde foram destruídos por ação direta do homem.

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O estado onde mais se destruiu a floresta em 2023 foi o do Pará, com um total de 1.903 km2 de área verde devastada. Em segundo lugar ficou outro estado fortemente atingido pela ação de invasores de todo o tipo, o Mato Grosso, que registou a perda de 1.408 KM2, e em terceiro lugar entre os campeões de devastação ficou o Amazonas, com 894 KM2.

Já em relação ao Cerrado, para onde nos últimos dois anos invasores ilegais e todo o tipo de criminosos ambientais começaram a mudar por encontrarem pouca fiscalização e imensas áreas sem qualquer tipo de proteção, a área verde desflorestada no ano passado atingiu 7.828 KM2, a maior da história deste bioma. Neste bioma, o estado campeão de desflorestação no ano passado foi o Maranhão, com 1.765 KM2, seguido pelo estado da Bahia, com 1.727 KM2, e Tocantins, com 1.604 KM2.

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