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Desflorestação na Amazónia caiu 42% de janeiro a julho

Nos primeiros setes meses de 2023 foram desflorestados na Amazónia nove mil quilómetros quadrados.

10 de novembro de 2023 às 16:31

A desflorestação na Amazónia brasileira teve uma significativa redução nos primeiros sete meses deste ano, tendo caído 42% em relação a igual período do ano passado.

A informação foi avançada em Brasília pela ministra do Ambiente, Marina Silva, fundamentada em dados recolhidos pelo Sistema Prodes, um projeto governamental que monitoriza a Amazónia em tempo real através de imagens de satélite.

No citado período, de janeiro a julho, foram desflorestados em toda a área amazónica nove mil quilómetros quadrados. É uma devastação assustadora, mas corresponde à menor área destruída desde 2019, primeiro ano do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, durante o qual, e com o incentivo dele, a Amazónia sofreu uma invasão sem precedentes de agricultores, pecuaristas, pescadores e mineiros ilegais, que produziram uma devastação selvagem e inconsequente da floresta.

Por isso mesmo, se os dados do Sistema Prodes analisados abarcarem os 12 meses tradicionais de monitorização, de Agosto de um ano a Julho do ano seguinte, a queda na desflorestação foi bem menor, somente metade, do registado nos primeiros sete meses deste ano.

De acordo com Marina Silva, de Agosto de 2022 a Julho de 2023, a queda na desflorestação da Amazónia foi de somente 22,3%, porque nos últimos meses do governo de Jair Bolsonaro a ação dos invasores da floresta foi devastadora, exatamente por acreditarem que, mudando o governo, teriam mais dificuldades para cometer os seus crimes.

Ainda de acordo com os dados avançados pela ministra e ativista ambiental, a redução na desflorestação da maior floresta tropical do mundo representou a preservação de 2593 quilómetros quadrados de área verde em relação ao período anterior.

O estado do Amazonas, que costuma ser um dos campeões de devastação ambiental, neste período surpreendeu positivamente, sendo aquele onde ocorreu a maior queda na desflorestação, 64%, muito em função da ação intensa e contínua de fiscais do Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, cuja ação tinha sido extremamente limitada pelo antigo governo mas a quem Marina Silva deu novos poderes e meios e corresponderam.

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