Detido implica Dilma no Petrolão

A revelação de partes do depoimento à Justiça de Ricardo Pessoa, empresário preso por ligação ao desvio de 3300 milhões de euros da Petrobras, atingiu em cheio o poder político brasileiro, especialmente a presidente Dilma Rousseff.

Pessoa, presidente da UTC, uma das maiores construtoras do Brasil, entregou provas de ter doado 2,5 milhões de euros desviados da petrolífera para a campanha de Dilma para a reeleição, em 2014.

Na relação entregue à Justiça, que envolve 18 políticos que receberam dinheiro da UTC, constam ainda o ex-presidente Lula da Silva, que terá recebido 800 mil euros, os atuais ministros da Presidência, Aloízio Mercadante, e da Comunicação Social, Edinho Silva, e o presidente da Câmara de São Paulo, Fernando Haddad, todos do Partido dos Trabalhadores, PT. Na lista estão ainda o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello, que terá recebido 5 milhões de euros, outros parlamentares e ex-ministros, como o ex-ministro-chefe de Lula, José Dirceu, já condenado no designado ‘Mensalão’.

O gabinete da presidência considerou a fuga de informação uma forma de tentar atingir Dilma e o PT. Mas o impacto da denúncia foi tal que o chefe da comitiva da presidente na visita que iniciou aos EUA ficou no Brasil para administrar a crise.