Dezassete mortos após desabamento de mina de ouro na República Democrática do Congo

Anterior balanço apontava para 12 mortos, número que subiu para 17 após a descoberta de mais corpos.

08 de novembro de 2025 às 15:53
Desabamento em mina de ouro no leste da RDCongo causa 17 mortos
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Dezassete pessoas morreram numa mina de ouro no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), após um deslizamento de terras provocado por chuvas fortes na noite de quinta-feira, revelou este sábado um dirigente da sociedade civil.

Um anterior balanço apontava para 12 mortos, número que subiu para 17 após a descoberta de mais corpos.

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"Na sexta-feira à tarde, depois da chuva, foram recuperados mais corpos da lama. Foram cinco corpos no total, recuperados pelos próprios mineiros, que iniciaram uma operação de resgate", disse Mukamba Milenge, presidente interino da Estrutura de Coordenação da Sociedade Civil para o território de Mwenga, na província de Kivu do Sul.

Em declarações à agência de notícia Efe, Mukamba Milenge afirmou que o balanço final é de um total de 17 mortos e três sobreviventes.

O incidente ocorreu na mina designada por G20, na zona de Lugushwa, provocado por fortes chuvas que fizeram que uma parte do terreno desabasse.

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De acordo com as autoridades locais nomeadas pelo Governo central congolês, o local do acidente está sob o controlo das forças rebeldes do Movimento 23 de Março (M23), o que dificulta a chegada dos serviços de emergência, apesar dos inúmeros pedidos de ajuda.

"Pode haver vítimas mortais, mas os responsáveis pela área devem cumprir as suas obrigações", indicou na sexta-feira à Efe o administrador de Mwenga, Walubila Mao, que vive a poucos quilómetros da área afetada.

Kivu do Sul, assim como outras províncias do leste do Congo, é rica em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica no fabrico de telemóveis.

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Os acidentes em minas são frequentes no país, onde muitas minas são exploradas de forma artesanal e sem seguir as normas e medidas de segurança necessárias, sendo que em muitos casos são geridas por grupos armados.

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