Elon Musk aparece em novos arquivos do caso Epstein
Referência ao multimilionário relacionada com eventual ida à ilha privada de Epstein em 2014.
Elon Musk, que em junho tinha acusado Donald Trump de estar nos ficheiros do caso do agressor sexual Jeffrey Epstein, vê agora o seu nome também envolvido.
A informação foi revelada na sexta-feira pelos congressistas democratas do Comité de Supervisão da Câmara dos Representantes dos EUA, que partilharam um ficheiro de seis páginas onde constam marcações da agenda pessoal de Epstein como reuniões e compromissos.
A 6 de dezembro de 2014, aparece um lembrete “Elon Musk vai para a ilha a 6 de dezembro. (Isto ainda está a acontecer?)”.
Musk tinha anteriormente afirmado que foi convidado para a ilha de Epstein - Little Saint James, nas Ilhas Virgens Americanas -, mas que recusou o convite. Desde então, tem mantido a sua inocência, afirmando que não manteve nenhuma ligação com o falecido e negando qualquer irregularidade.
Além do dono da Tesla e da SpaceX, também aparecem outros nomes de homens poderosos e influentes associados ao criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, entre os quais o do fundador da Microsoft, Bill Gates, do príncipe André do Reino Unido, filho da rainha Isabel II, do fundador do PayPal, Peter Thiel, e de Steve Bannon, ex-assessor da Casa Branca.
O nome do príncipe André surge como um dos passageiros do jato de Epstein, a 5 de dezembro de 2000, no qual também viajava Epstein e a sua companheira, Ghislaine Maxwell. Noutra página, aparecem registos da conta de Epstein, que mostram um pagamento de uma “massagem a André”.
Embora não haja confirmação de que os encontros tenham ocorrido, os registos voltam a levantar questões sobre as ligações de Epstein a figuras influentes.
“Deveria ficar claro para todos os americanos que Jeffrey Epstein era amigo de alguns dos homens mais poderosos e ricos do Mundo”, disse a porta-voz do comité de supervisão, Sara Guerrero.
“Cada novo documento produzido fornece novas informações enquanto trabalhamos para trazer justiça aos sobreviventes e vítimas”, acrescentou. “Os democratas da supervisão não vão parar até identificarmos todos os cúmplices dos crimes hediondos de Epstein”, apontou, com os democratas a pedirem à procuradora-geral, Pam Bondi, que “libertasse todos os arquivos agora”.
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