EUA esperam “avanços substanciais” nas negociações com Kiev

Delegação ucraniana vai propor cessar-fogo “no ar e no mar”.

11 de março de 2025 às 01:30
Zelensky está na Arábia Saudita, mas não vai participar nas negociações Foto: Presidencial Press Service Handout/EPA
Marco Rubio lidera delegação dos EUA Foto: Presidencial Press Service Handout/EPA

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“Vamos na expectativa de conseguir avanços substanciais. Os sinais são muito, muito positivos”, disse ontem o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que vai liderar a delegação norte-americana juntamente com o secretário de Estado, Marco Rubio. Segundo Witkoff, além do acordo de minerais que ficou por assinar há duas semanas na Casa Branca, estarão em cima da mesa “protocolos de segurança” para a Ucrânia e “questões territoriais”. Já Marco Rubio indicou que o encontro servirá para “clarificar quais são as intenções da Ucrânia” em relação à paz e se o Governo de Kiev “está preparado para tomar decisões difíceis, tal como os russos terão de fazer”.

No domingo à noite, Trump mostrou-se otimista e disse acreditar que as negociações desta terça-feira vão trazer “grandes progressos”, mas avisou que a Ucrânia “vai ter de mostrar que quer a paz”. “Até agora ainda não o demonstraram o suficiente”, criticou. O Presidente norte-americano aproveitou para anunciar, em resposta a um jornalista, que os EUA “já levantaram praticamente todas” as restrições à partilha de informações táticas com a Ucrânia, num aparente gesto de boa vontade antes das negociações.

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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que ontem chegou a Jeddah para um encontro com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, mas não irá participar nas negociações desta terça-feira, disse no fim de semana que a Ucrânia está “plenamente empenhada num diálogo construtivo” com os EUA. “Há proposta realistas na mesa e é preciso avançar de forma rápida e eficaz”, afirmou. O Governo de Kiev anunciou ontem que a sua delegação, que inclui o conselheiro presidencial Andriy Yermak e os ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, irá propor um cessar-fogo imediato “no ar e no mar”, tal como foi sugerido por Zelensky e alguns aliados europeus na semana passada. “É a opção mais fácil de implementar e monitorizar e pode ser um bom ponto de partida”, disse fonte governamental.

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