EUA preveem disponibilizar 35 milhões de euros para apoiar comunidades afetadas em Moçambique

Diretor-adjunto para o Reassentamento no Instituto Nacional de Gestão de Calamidades garantiu que tudo está a ser feito para que os donativos cheguem às populações.

08 de abril de 2019 às 12:06
Moçambicanos tentam recuperar da destruição da tempestade Idai Foto: Reuters
Moçambicanos tentam recuperar da destruição da tempestade Idai Foto: Reuters
Moçambicanos tentam recuperar da destruição da tempestade Idai Foto: Reuters
Sobreviventes do ciclone Idai tentam reconstruir a vida em Moçambique Foto: Tiago Petinga/Lusa

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O Governo norte-americano prevê disponibilizar um total de cerca de 40 milhões de dólares (perto de 35 milhões de euros) para apoiar as comunidades afetadas pelo ciclone Idai no centro de Moçambique, foi anunciado esta segunda-feira.

"Este número é correspondente a todo apoio que vamos dar ao país e enquanto continuarmos a trabalhar com Governo moçambicano este número pode aumentar, dependendo das informações que nós vamos colhendo", disse Chris Milligan, conselheiro da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), durante uma conferência de imprensa em Maputo.

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Do valor total, 3,5 milhões de dólares (3,1 milhões de euros) foram disponibilizados ao Ministério da Defesa de Moçambique para a parte da logística na assistência e 33 milhões de dólares (29,3 milhões de euros) foram canalizados através do Programa Mundial para Alimentação (PMA), sendo o valor restante destinado à aquisição de tendas e outros materiais para os desalojados.

"Para ter ideia do nível do apoio que se está a oferecer, este valor corresponde a cerca de 200 mil toneladas de alimentos que poderão alimentar mais de um milhão de pessoas", frisou Chris Milligan.

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Num momento em que crescem as denúncias de desvios de donativos e as autoridades moçambicanas já detiveram três pessoas, Chris Milligan disse que os EUA estão a acompanhar o processo de perto através do Centro Operacional norte-americano baseado no Aeroporto Internacional da Beira.

"Nós passamos pelos centros e verificamos se realmente estes produtos estão a ser distribuídos para quem realmente precisa", afirmou.

Também o diretor-adjunto para o Reassentamento no Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Rui Costa, garantiu que tudo está a ser feito para que os donativos cheguem às populações afetadas.

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"Todos os apoios que temos estado a receber a partir de Maputo são encaminhados à cidade da Beira e a partir de lá é feita toda logística", disse Rui Costa, acrescentando que o INGC está aberto para que unidades do setor privado e parceiros fiscalizem a transparência da entidade na gestão dos donativos.

"Há todo interesse para que nem uma agulha seja desviada", concluiu o diretor-adjunto do Reassentamento no INGC.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.

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Em Moçambique, segundo dados do INGC, a passagem do ciclone Idai terá afetado 1,5 milhões de pessoas, provocando pelo menos 602 mortos e 1.641 feridos, além de ter destruído 715 mil hectares de culturas diversas.

Até sexta-feira, ainda segundo o INGC, Moçambique tinha recebido um total de 36 milhões de dólares (32 milhões de euros) e cerca de 12 mil toneladas de bens diversos para apoiar as populações afetadas pelo ciclone.

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