Refugiados: “Europa é farol de esperança”
Portugal vai receber 4775 dos 160 mil refugiados.
O presidente da Comissão Europeia apresentou ontem um ambicioso plano para enfrentar a crise migratória, que passa não só pela redistribuição obrigatória de 160 mil refugiados pelos estados-membros - 4775 dos quais virão para Portugal -, mas também pela revisão das leis de asilo e pela criação de uma nova política comum de imigração.
"A Europa representa um farol de esperança, um oásis de estabilidade para as pessoas do Médio Oriente e de África. Devemos orgulhar-nos disso e não ter medo", disse Jean-Claude Juncker, defendendo que a crise migratória deve ser a "prioridade principal" da UE.
Além do realojamento de emergência, Juncker anunciou planos para criar um sistema permanente de redistribuição de refugiados, a revisão das leis europeias para agilizar a deportação dos que não têm direito a asilo e o reforço do controlo das fronteiras externas através do aumento das capacidades do Frontex e da criação de uma força comum de fronteira e guarda-costeira, além de uma nova política de imigração para atrair mão de obra qualificada.
Vários países continuam a opor-se à redistribuição vinculativa de refugiados, ao passo que a Alemanha quer ir mais além. "Não podemos definir um tecto e dizer ‘Não me interessa nada acima disso’", disse ontem Angela Merkel.
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