Europeus tentam salvar acordo nuclear
França garante que acordo “não está morto” e exorta Teerão a continuar a cumprir a sua parte.
Numa tentativa de conter os danos causados pela decisão de Donald Trump de abandonar o acordo nuclear com o Irão, os aliados europeus dos EUA garantiram esta quarta-feira a Teerão que o acordo "não está morto" e que é importante que continue a ser respeitado pelas partes restantes para "preservar a estabilidade regional".
França, Alemanha e Reino Unido, que negociaram e assinaram o acordo com o Irão juntamente com Rússia, China e EUA, garantiram que o acordo continua em vigor apesar da retirada norte-americana. "O acordo não está morto. Os EUA saíram mas o acordo continua a existir", frisou o MNE francês, Jean-Yves Le Drian.
A garantia foi reiterada horas depois pelo presidente francês Emmanuel Macron numa conversa telefónica com o chefe de Estado iraniano, Hassan Rouhani, que instou a continuar a cumprir a sua parte do acordo.
Já Angela Merkel defendeu que é preciso manter o acordo, mas também "começar as discussões para ir mais além", opinião partilhada pelo MNE britânico Boris Johnson, que adiantou que a ‘bola’ está agora no campo dos EUA e do presidente Trump, que deve apresentar "uma solução melhor".
Este não se mostrou muito convencido e, numa ameaça velada, garantiu que, após a reimposição das sanções, o Irão deve negociar "ou alguma coisa vai acontecer".
Ataque israelita mata iranianos na Síria
Israel alega ter detetado "movimentos pouco habituais" das forças iranianas na região e acredita que estavam a preparar um ataque com mísseis contra o seu território, como retaliação pelo raide aéreo de 9 de abril contra outra base usada pelo Irão na Síria.
Discurso "tonto e superficial" de Trump
PORMENORES
Irão ainda está a cumprir
A Agência Internacional de Energia Atómica garantiu que o Irão continua a cumprir o acordo apesar da saída dos EUA.
Protestos em Teerão
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Travar armas nucleares
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