Explosões e fumo em fábrica de químicos no Texas
Fumo proveniente da explosão de fábrica afetada pela tempestade Harvey é "extremamente perigoso".
A agência ambiental norte-americana adiantou esta quinta-feira que o incêndio numa fábrica de químicos no Texas não causou "uma concentração preocupante de material tóxico", horas depois de outra agência norte-americana ter dito que o fumo era "extremamente perigoso".
O incêndio de produtos químicos na fábrica da Arkema em Crosby, no Texas, não gerou "uma concentração preocupante de materiais tóxicos", adiantou a Agência de Proteção do Ambiente (EPA, sigla em ingês) em comunicado.
A EPA salienta que se baseia em dados recolhidos no local do incêndio, ao sobrevoar a fábrica de onde saem as colunas de fumo negro.
Horas antes, o diretor da Agência Federal de Situações de Emergência (FEMA), Brock Long, tinha dito em conferência de imprensa que o fumo era "extremamente perigoso".
A explosão na fábrica Arkema, em Crosby, ocorreu cerca das 02:00 (08:00 em Lisboa).
Inundada e sem eletricidade - ou seja, sem possibilidade de arrefecer os materiais altamente inflamáveis armazenados - a fábrica do grupo francês Arkema constituía um risco desde há vários dias.
Por isso mesmo, as instalações foram evacuadas e foi ordenado um perímetro de segurança num raio de três quilómetros.
Os serviços de emergência deram conta de duas explosões e colunas de fumo a sair das instalações. A fábrica produz peróxidos orgânicos, componente no fabrico de plásticos e produtos farmacêuticos.
"Os peróxidos orgânicos são extremamente inflamáveis e, de acordo com as autoridades, a melhor coisa a fazer é deixar que o incêndio se extinga a si mesmo", explicou a direção da Arkema, apelando à população para que se mantenha longe da fábrica devido ao risco de novas explosões.
Mais tarde, o grupo apelou às pessoas que vivem perto do perímetro de segurança para que desliguem o ar condicionado "para evitar uma possível exposição aos fumos".
O contacto com este tipo de fumo pode provocar "irritações oculares, da pele e/ou irritações respiratórias", bem como náuseas e sonolência, sublinhou o grupo.
No entanto, a polícia local também já afastou a possibilidade de o fumo libertado pelo incêndio ser "tóxico" ou "perigoso" para a saúde
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