Extremistas alemães apoiam Puigdemont
Na esquerda e na direita mais radicais todos são contra detenção do líder catalão.
A detenção do líder catalão Carles Puigdemont no domingo, na Alemanha, está a agitar a política daquele país, com os partidos mais à esquerda e mais à direita a manifestarem-se contra a captura e extradição do antigo presidente da Catalunha.
"Só pode ser brincadeira", disse Dietmar Bartsch, porta-voz parlamentar do 'Die Linke' (A Esquerda), acrescentando que não pode ser um tribunal alemão "a decidir o futuro da Catalunha".
Já na extrema-direita, Jorg Meuthen, porta-voz da Alternativa para a Alemanha (AfD), aproveitou para sublinhar, com ironia, a postura xenófoba do partido. "É surpreendente que os controlos de fronteiras tenham funcionado para Puigdemont, quando falharam para deixar passar milhões de imigrantes ilegais", afirmou.
Mas as críticas chegam também de setores moderados. Wolfgang Kubicki, vice-presidente do Partido Democrático Liberal (FDP), considerou que Puigdemont não pode ser extraditado por rebelião, pois esse delito não tem equivalente na Alemanha. Por fim, 'Os Verdes' pediram a mediação da UE no conflito da Catalunha. Quanto ao governo alemão, mantém que o conflito é assunto interno da Espanha.
PORMENORES
Reunir donativos na 'net'
Puigdemont anunciou nas redes sociais a abertura de um site para receber donativos destinados a "garantir a defesa jurídica e a segurança" dos líderes catalães exilados no estrangeiro. A iniciativa surge depois de Clara Ponsatí, ex-conselheira da Educação exilada na Escócia, ter reunido 135 mil euros.
Estradas cortadas
Grupos separatistas continuam a erguer barreiras em estradas. Ontem, a AP-2 foi fechada na saída de Montblanc, Tarragona, para exigir a libertação dos separatistas detidos e o regresso dos que estão exilados.
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