Filho de Bolsonaro ligado a assassinos que aterrorizam o Rio de Janeiro
Flávio Bolsonaro condecorou dois oficiais ligados a milícias violentas envolvidas em homicídios.
Alvo há semanas de denúncias de movimentações financeiras suspeitas, Flávio Bolsonaro, filho mais velho do Presidente Jair Bolsonaro, tem agora o seu nome ligado a criminosos que aterrorizam parte do Rio de Janeiro e poderão ter envolvimento nas mortes, em 14 de março de 2018, da vereadora Marielle Franco e do motorista dela.
Flávio empregou a mãe e a mulher de um deles e homenageou os suspeitos quando já eram acusados de várias mortes.
Os dois, o major da Polícia Militar Ronald Alves Pereira, ainda no ativo, e o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, expulso da corporação, foram alvos na terça-feira de uma operação contra milícias que controlam vastas áreas do Rio de Janeiro.
O primeiro foi preso e o segundo está a monte. Segundo o Ministério Público, os dois lideram a mais sanguinária milícia da cidade e comandam o chamado Escritório do Crime, grupo de assassinos de aluguer a quem é atribuído o homicídio de Marielle.
Apesar de há anos serem acusados de massacres e de ligação ao crime organizado, foram condecorados por iniciativa de Flávio Bolsonaro, na altura deputado regional no Rio de Janeiro: o major Ronald em 2004, quando já respondia pelo massacre de quatro rapazes desarmados, e o capitão em 2005, quando estava preso também por homicídio.
Depois de Adriano ser expulso da polícia e ficar a monte, Flávio, alegando razões humanitárias, teve outro gesto de apreço. Contratou como assessoras parlamentares a mãe do fugitivo, Raimunda Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça Nóbrega, que permaneceram nos cargos até novembro passado, quando o filho do Presidente foi eleito senador.
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