França pede à UE para sancionar a plataforma de comércio chinesa Shein
Plataforma está "claramente a violar as regras europeias", afirmou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.
A Comissão Europeia "deve tomar medidas enérgicas" e sancionar a plataforma de comércio 'online' chinesa Shein, que está "claramente a violar as regras europeias", afirmou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot.
"As regras foram adotadas há três anos. A Comissão Europeia deve tomar medidas enérgicas", disse Barrot à rádio France Info.
"A Comissão já iniciou algumas investigações e deve agora dar seguimento às sanções" contra a plataforma asiática, acrescentou o ministro francês.
O Governo francês iniciou na quarta-feira um processo para suspender temporariamente a Shien no país, até a plataforma chinesa provar que o seu conteúdo está em conformidade com a lei.
"Por instruções do primeiro-ministro, [Sébastien Lecornu] o Governo está a suspender temporariamente a Shein para que a plataforma possa demonstrar às autoridades que todo o seu conteúdo está em conformidade com as leis e regulamentos em vigor", anunciou, em comunicado, o Ministério da Economia francês.
O Governo comprometeu-se a analisar a situação "no prazo de 48 horas".
A decisão do executivo surge no mesmo dia em que a Shein inaugurou a sua primeira loja física em Paris, num espaço com 1.200 metros quadrados.
Em resposta, a Shein disse que pretende dialogar com as autoridades o mais rapidamente possível.
"A segurança dos clientes e a integridade do nosso 'marketplace' são as nossas prioridades absolutas", referiu, em comunicado.
A Shein também anunciou na quarta-feira a suspensão da venda, em França, de produtos de vendedores externos, após terem sido levantadas preocupações sobre a comercialização de bonecas sexuais com aparência infantil.
Segundo a imprensa francesa, um homem foi detido, perto de Marselha, após receber uma boneca sexual com aparência infantil, comprada na Shein.
Na segunda-feira, o Ministério da Economia já tinha garantido que não vai hesitar em proibir as atividades da plataforma em França, caso se prove a ocorrência de atividades ilegais.
O Ministério Publico abriu, no início da semana, um inquérito contra a chinesa Shein por "divulgação de imagens ou representações pornográficas de menores".
Na mesma acusação, a AliExpress é visada pela divulgação de imagens violentas, pornográfica ou degradantes, acessíveis a menores.
A chinesa Temu e a norte-americana Wish também estão a ser acusadas.
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