Governo português apela à não-violência em resposta a alegado golpe de Estado na Guiné-Bissau
Diplomacia portuguesa apelou a que se retome "a regularidade do funcionamento das instituições".
O Governo português apelou ao acalmar dos ânimos e à não-violência na Guiné-Bissau, após as movimentações das últimas horas que apontam no sentido de um possível golpe de Estado no país.
Em comunicado divulgado esta quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros instou os envolvidos a que "se abstenham de qualquer acto de violência institucional ou cívica", após os militares terem dito que tomaram "controlo total" do país e o atual presidente, Sissoco Embaló, ter afirmado que foi detido.
A diplomacia portuguesa apelou ainda a que a que a tensão no país baixe, por forma a retomar "a regularidade do funcionamento das instituições" e a "finalizar o processo de apuramento e proclamação dos resultados eleitorais". O ministério disse ainda estar em "contacto permanente" com a embaixada portuguesa no país e a avaliar a situação dos cidadãos nacionais na Guiné-Bissau.
As movimentações desta quarta-feira acontecem a poucas horas de ficarem conhecidos os resultados finais do ato eleitoral do último domingo, no qual quer o atual chefe de Estado, quer a sua oposição, Fernando Dias, reclamam vitória. Adversários de Embaló já vieram acusar o presidente de orquestar uma manobra para tentar suspender a contagem dos votos. Este, por seu turno, afirma que o chefe do Estado-Maior do Exército é responsável pelo golpe.
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