Governo suspeito na morte do presidente do Haiti

Oposição põe em causa versão de comando de assassinos colombianos e diz que Moïse foi morto pelos seus próprios guardas.

11 de julho de 2021 às 10:08
2021-07-08T210451Z_778697844_RC2DGO967V0X_RTRMADP_3_HAITI-PRESIDENT.JPG (10496543) (Milenium) Foto: Reuters
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O governo do Haiti pediu este sábado o apoio da ONU e dos EUA para fazer frente ao que classifica como ameaça estrangeira. O apelo surge depois de culpar um comando de mercenários, na sua maioria colombianos, pelo homicídio do presidente Jovenel Moïse. Mas a oposição haitiana põe em causa esta versão e liga o próprio executivo ao homicídio do chefe de Estado.

“O presidente foi assassinado pelos seus próprio guardas, não por colombianos”, afirmou Steven Benoit, antigo senador e um dos líderes da oposição ao governo do PM interino, Claude Joseph.

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Esta versão dos acontecimentos foi reforçada pela revista colombiana ‘Semana’, que cita uma fonte anónima para adiantar que os mercenários colombianos não só não levaram a cabo o assassínio como tinham sido contratados para proteger Moïse. O presidente, alvo há vários meses de manifestações de milhares de pessoas que pediam a sua demissão por corrupção, teria recebido repetidas ameaças de morte nas últimas semanas.

O também colombiano ‘El Tiempo’ diz ainda que os colombianos chegaram a casa do presidente às 02h30 da madrugada de quarta-feira, isto é, uma hora e meia depois de Moïse ter sido assassinado.

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Ao pedido de ajuda do Haiti, os EUA responderam dizendo que “de momento” não têm planos para mandar ajuda militar ao Haiti, mas prontificam-se a enviar agentes do FBI para cooperar na investigação do crime.

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