Governo admite dez mil mortos no Nepal

Informações das aldeias remotas faz aumentar tragédia.

29 de abril de 2015 às 08:55
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Cinco dias após o terramoto de magnitude 7,9 que abalou o Nepal, ainda é difícil contabilizar o número real de mortos. Segundo dados oficiais, são mais de cinco mil, mas o primeiro-ministro do país, Sushil Koirala, admite que o número possa "subir para dez mil", uma vez que ainda não há informações das aldeias remotas atingidas.

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Nas zonas mais distantes, populações e grupos de turistas desesperam por ajuda. Em Barpak, no Norte, os helicópteros de resgate não conseguiram aterrar e o Exército foi chamado para abrir caminho no terreno inóspito. Em Ghotadabelana, zona de descanso de montanhistas nos Himalaias, a notícia de um deslizamento de terras somou mais 250 pessoas à lista de desaparecidos. A imensidão da tragédia é tal que o primeiro-ministro diz que o país "está em estado de guerra".

No terreno, a ajuda internacional começa finalmente a chegar, mas a resposta é lenta. O responsável pela Força de Desastre Nacional da Índia, Op Singh, uma das primeiras missões estrangeiras a chegarem ao Nepal, relata que os equipamentos pesados não conseguem passar nas ruas estreitas de Catmandu e que, por todo o país, milhares de pessoas dormem ao relento. Os hospitais estão lotados e a falta de água, alimentos e energia ameaça desencadear doenças. Segundo a ONU, o sismo afetou mais de oito milhões de pessoas e 1,4 milhões estão sem comida.

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