Guterres pede ajuda para a Turquia e Síria e afirma que não se pode tratar este assunto como uma "questão política"
"Trata-se de uma catástrofe épica, pelo que o objetivo é o encontrar formas de reforçar a ajuda", destaca.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou esta quinta-feira em Nova Iorque, nos EUA, que existe a necessidade de união entre as várias frentes de apoio à população turca e síria, refém dos impactos causados pelos abalos sísmicos.
"Trata-se de uma catástrofe épica, pelo que o objetivo é o encontrar formas de reforçar a ajuda", destaca Guterres.
O secretário-geral da ONU fez questão de salientar a solidariedade demonstrada pela Turquia ao longo dos últimos anos no que diz respeito ao acolhimento de refugiados. "É o lar com o maior número de refugiados do mundo e sempre demonstrou uma solidariedade única para com os povos vizinhos, como é o caso da Síria", explicou.
"O epicentro da solidariedade é agora epicentro do sofrimento", reforçou.
António Guterres revelou que a organização enviou peritos em desastres e equipas de resgate para os países afetados e fez questão de reforçar que este não é o momento de tratar o assunto como uma "questão política".
A Síria, que vive um conflito interno há mais de dez anos, tem acessos mais condicionados que os da Turquia e, nesse sentido, António Guterres refere que a ONU, tal como outras organizações não-governamentais, está a trabalhar numa resposta para ajudar a população síria.
"Relembrem-se que as pessoas estão em primeiro lugar", afirmou Guterres.
Esta segunda-feira, o sul da Turquia e o norte da Síria foram afetados por dois sismos, de magnitude de 7.8 e 7.6, respetivamente. Aos sismos seguiram-se dezenas de réplicas que vieram a piorar o rasto de destruição nos países.
O último balanço aponta para mais de 19 mil mortos e dezenas de milhares de feridos, o que faz deste o maior sismo do século naqueles países.
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