Homem come restos mortais do namorado que esquartejou devido a pacto de canibalismo na Alemanha

Vítima teria o fetiche de ser castrado e, por essa razão, aceitou concretizar o desejo canibal do agressor.

28 de maio de 2025 às 10:08
Polícia na Alemanha Foto: Getty Images
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Um homem alemão passou dez meses a comer os restos mortais do parceiro que matou, mas antes já tinha comido partes da vítima, ainda em vida, devido a um pacto macabro. O homem foi condenado a pena perpétua pelo homicídio de Bernd Brandes, em 2002.

Armin Meiwes, o homicida com fetiche por canibalismo, já tinha publicado mais de 60 vezes um anúncio chamado "Jantar - ou o teu jantar", num fórum alemão, quando Bernd, um engenheiro de 43 anos, em 2001, aceitou a estranha proposta. Meiwes, com 42 anos na época, convidou a vítima à casa dele, em Rotemburgo, na Alemanha, e deu-lhe comprimidos para adormecer, antes de lhe cortar o pénis para ambos comerem, segundo o jornal Daily Mirror.

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O próximo menu perturbador foram as costas de Bernd. "Peguei no meu melhor serviço de loiça e fritei um pedaço de bife de alcatra - uma parte das costas dele - feito com aquilo a que chamo batatas princesa e brotos de vegetais", disse Meiwes no documentário 'Entrevista com um Canibal'.

"A primeira trinca foi, como é óbvio, muito estranha. Foi uma sensação que não consigo descrever. Tinha passado 40 anos a sonhar e a desejá-la", afirmou o canibal. "Eu estava a sentir que estava a alcançar esta conexão interior perfeita a partir da carne dele. A carne sabe a porco, mas mais forte", explicou Meiwes, que concretizou o sonho de adolescente.

Depois do jantar, Bernd tomou um banho, enquanto Meiwes lhe lia um livro, antes de o esfaquear no pescoço, matando-o. Meiwes cortou Bernd em pedaços e enterrou-o no jardim, mas guardou alguma carne no congelador, que foi comendo ao longo de dez meses.

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Em dezembro de 2002, Meiwes foi detido e mentiu à polícia, garantindo que a carne no congelador era de porco selvagem. Mas acabou por ser julgado por homicídio.

"[Bernd] veio até mim de livre vontade para acabar com a vida dele. Para ele, foi uma boa morte", disse o homem canibal em julgamento.

A vítima teria o fetiche de ser castrado e, por essa razão, aceitou concretizar o desejo canibal de Meiwes. O par passou um mês a discutir os planos por e-mail e, um dia antes de ir ter com Meiwes, Bernd vendeu o carro, limpou todos os ficheiros do computador e escreveu uma nota onde deixou todos os seus bens ao namorado.

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Em janeiro de 2004, o canibal foi condenado por homicídio a oito anos e seis meses de prisão. Num novo julgamento em 2006, Meiwes foi condenado a prisão perpétua, onde permanece atrás das grades, aos 63 anos.

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