Húngaros protestam contra alteração à lei do aborto
Alguns vêm emenda como "um primeiro passo para dificultar o acesso ao procedimento".
Mais de mil pessoas reuniram-se à porta do parlamento húngaro, esta quarta-feira, para protestar contra uma emenda à lei do aborto, que alguns vêm como "um primeiro passo para dificultar o acesso ao procedimento".
O governo do primeiro ministro conservador, Viktor Orban, apresentou uma emenda à lei do aborto e dita que as mulheres grávidas devem apresentar provas, do seu médico, se existe sinal de vida, como o batimento cardíaco de um feto, antes de solicitarem o procedimento.
Os manifestantes ergueram cartazes onde se lia "Afasta-te do meu útero" e "Limitar o aborto é violência contra as mulheres".
"Apenas as mulheres têm o direito de interromper ou não a sua gravidez", disse à Reuters a protestante Lilli Mizda-Pillinger.
O governo não deu qualquer razão para a emenda, desde que foi apresentada pela primeira vez.
Atualmente a lei permite às mulheres húngaras solicitar um aborto em casos de violação, quando há riscos para a saúde da mãe, decorrentes da gravidez, quando existe uma deficiência grave do feto ou em caso de crise pessoal grave.
"Trata-se de controlar e oprimir as mulheres", disse Krisztina Les, da organização Patent, que defende os direitos da mulher.
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