Implante de células cerebrais humanas em ratos pode levar à descoberta de novas perturbações mentais

Estudo foi publicado na revista Nature.

12 de outubro de 2022 às 23:00
2021-06-30_13_24_15 rato extinto.jpg Foto: Twitter
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O tecido cerebral humano implantado em ratos pode permitir aos cientistas a descoberta de novas perturbações mentais. 

Esta é, pelo menos, a conclusão de um estudo norte-americano divulgado na revista Nature, que revela ainda que o tecido cerebral humano em ratos de laboratório não só sobrevive, como também se incorpora no cérebro do animal, permitindo fazer ligações com as células cerebrais do rato. 

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Os investigadores utilizaram amostras de células de cérebro humano e transplantaram para o cérebro de ratos bébes. De acordo com os resultados da investigação, os organóides, células cultivadas em laboratórios especializados de medicina regenerativa, quando implementados no cérebro dos animais, cresceram cerca do tamanho de uma ervilha. 

O estudo revela ainda que os ensaios demonstraram que as células cerebrais humanas podem receber sinais sensoriais dos bigodes dos ratos e enviar instruções a outras partes do cérebro do animal quando treinadas para tal. As conclusões podem ser um sinal de esperança para os cientistas na descoberta de novas perturbações mentais e sobretudo uma nova forma de testar novos medicamentos no que diz respeito a doenças do foro cereberal. "Imagine-se que com este modelo se tem uma forma não invasiva de testar o medicamento em células humanas", avançou o Professor Sergiu Pasca.

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Embora o estudo levante algumas questões éticas, os investigadores afirmam que não observaram diferenças comportamentais entre os ratos com células humanas e os que não foram submetidos aos ensaios.

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