Injetar desinfetante para "limpar pulmões": Trump alega sarcasmo após chuva de críticas

Presidente norte-americano foi fortemente condenado em todo o mundo pelas afirmações consideradas "perigosas".

24 de abril de 2020 às 19:47
Donald Trump Foto: REUTERS/Tom Brenner
Donald Trump Foto: Reuters/Al Drago
Donald Trump, presidente dos EUA Foto: Reuters
Donald Trump Foto: Reuters

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O presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu-se esta sexta-feira das críticas afirmando que o comentário de injeções de desinfetantes para "limpar os pulmões" era apenas sarcasmo. 

"Eu estava a fazer uma pergunta sarcástica a repórteres como você, apenas para ver o que aconteceria", disse Trump enquanto assinava uma lei que garante um pacote de ajuda financeira ao coronavírus.

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"Vejo que o desinfetante o mata num minuto. Um minuto. Existe alguma forma de conseguirmos fazer isso [no corpo], por exemplo através de uma injeção ou uma espécie de limpeza?", questionou Trump.

Foram vários os médicos a revoltarem-se contra as declarações que o presidente dos Estados Unidos fez à nação.

O médico Kashif Mahmood, por exemplo, lançou um alerta no Twitter: "Não sigam conselhos médicos vindos de Trump. (...) Enquanto profissional de saúde, não recomendo a injeção de desinfetante nos pulmões nem o uso de radiações ultravioleta no corpo para tratar a Covid-19", disse.

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Também o pneumologista norte-americano John Balmes explicou que só o facto de inalar cheiro a lixívia pode causar danos graves para a saúde.

"Inalar lixívia seria absolutamente desastroso para os pulmões. Nem sequer uma fraca diluição desse produto ou de álcool desinfetante seria segura. É um conceito totalmente ridículo", afirmou à Bloomberg News.

Depois das declarações polémicas, também Joe Biden, lançou uma sugestão ao futuro rival nas eleições presidenciais.

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"Raios UV? Injeções de desinfetante? Aqui vai uma ideia, senhor Presidente: mais testes. Agora. E equipamento de proteção para verdadeiros profissionais de saúde", pode ler-se através de publicação no Twitter.

Hillary Clinton também se manifestou no Twitter: "Por favor, não se envenene porque Donald Trump acha que pode ser uma boa ideia". 

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