Instituto do Algodão de Moçambique prevê redução de 8,6% na produção

Os valores representam menos de metade dos registados na campanha de 2011/12.

04 de junho de 2019 às 09:14
Tecido vendido em Moçambique Foto: Getty Images
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O Instituto do Algodão de Moçambique prevê para este ano uma redução de 8,6% na produção de matéria-prima no país, segundo uma projeção consultada esta terça-feira pela Lusa.

O algodão figura na 14.ª posição dos principais produtos de exportação de Moçambique, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) do país, relativos a 2017 - ano em que a venda ao estrangeiro rendeu 9,1 milhões de dólares.

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A campanha de 2018/19 deverá contar com menos produtores e ocupar uma área mais pequena: 100.000 hectares face a 180.835 da campanha anterior, com 170.000 produtores no terreno contra 228.133.

A queda de produção de 8,6% é prevista tanto para a produção de algodão caroço (de 65.653 para 60.000 toneladas) como para o algodão já em fibra (de 24.948 toneladas para 22.800).

Os valores representam menos de metade dos registados na campanha de 2011/12, época recorde da última década.

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Na altura, a produção de algodão caroço chegou a 184.141 toneladas e o algodão em fibra ascendeu a 69.974 toneladas.

As mudanças climáticas estão a afetar a produção da matéria-prima, de acordo com o diretor-geral do Instituto do Algodão de Moçambique, Luís Tomo.

"Sabemos que um dos maiores desafios é a problemática das mudanças climáticas que promovem o aumento da temperatura e modificações do regime das chuvas", sublinha, num comunicado do instituto a propósito da abertura da época de colheita e comercialização, agendada para 14 de junho.

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As mudanças no clima "alteram o cenário de doenças e seu maneio, bem como o calendário que dita a época das sementeiras, fazendo com que seja afetada negativamente a produtividade, a produção e a qualidade da fibra".

"O ano de 2019 oferece-nos vários desafios, nomeadamente, a melhoria da qualidade da semente e da qualidade da fibra, o aumento da produtividade e da produção" e respetiva modernização, conclui Luís Tomo.

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