Israel vai obrigar Greta Thunberg e restantes ativistas do navio de ajuda humanitária a assistir a vídeo de ataque do Hamas

Elementos a bordo do navio intercetado pelos soldados israelitas vão ser levados para o porto de Ashdod, onde deverá ser exibido o vídeo, adiantam as forças de Israel.

09 de junho de 2025 às 13:11
Greta Thunberg e ativistas detidos por Israel a caminho de Gaza, após interceção de navio Foto: Direitos Reservados
A ativista climática Greta Thunberg posa perto de uma bandeira palestina após embarcar no barco Madleen Foto: Salvatore Cavalli/AP
Ativista climática Greta Thunberg e outros ativistas de uma organização de direitos humanos encontram-se com jornalistas em Catânia, Itália Foto: Salvatore Cavalli/AP
Ativista climática Greta Thunberg, ao centro, aguarda o embarque no barco Madleen Foto: Salvatore Cavalli/AP
Navio com ativistas e ajuda humanitária levado para Ashdod pelas forças israelitas Foto: Salvatore Cavalli/AP

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Greta Thunberg e os restantes ativistas a bordo do barco de ajuda humanitária com destino a Gaza e que foi intercetado por Israel, na manhã desta segunda-feira, vão ter de assistir a um vídeo “das atrocidades do Hamas a 7 de outubro”, disse o ministro da defesa israelita num comunicado citado pelo Times of Israel. O ministro israelita apelidou ainda a ativista sueca de “antissemita”. 

“É justo que Greta e os seus amigos apoiantes do Hamas vejam exatamente quem é o grupo terrorista que apoiam e em nome do qual agem”, disse o ministro Israel Katz. Os 12 elementos a bordo vão ser levados para o porto israelita de Ashdod, onde será exibido o vídeo, e encaminhados depois para os seus países de origem, como adiantaram as forças israelitas citadas pela Associated Press

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O vídeo em causa, intitulado de “Bearing Witness” e produzido pelo gabinete das Forças de Defesa de Israel, já foi exibido pelas autoridades israelitas a jornalistas e figuras públicas como forma de angariação de apoio para a luta contra o Hamas. No entanto, o uso das imagens tem vindo a gerar controvérsia, sendo mostrados corpos mutilados e pessoas massacradas durante o ataque.  

Os ativistas a bordo do "Madleen" tinham como objetivo protestar contra a atual situação na Faixa de Gaza e a campanha militar de Israel que está “entre as mais mortais e destrutivas desde a Segunda Guerra Mundial”, referem.  

Israel já tinha afirmado na semana passada que impediria navio, que saiu da Sicília há uma semana, de chegar a Gaza. Durante o trajeto,  embarcação fez uma paragem na quinta-feira para resgatar quatro migrantes no mar para que não fossem detidos pela guarda costeira da Líbia. 

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Imagens dos momentos antes dos soldados israelitas tomarem o controlo do barco demonstram que os ativistas a bordo não ofereceram resistência. O ministro da defesa israelita, Israel Katz, deixou elogios às forças israelitas pela rapidez da operação.  

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel publicou na rede social X (antigo Twitter) uma foto de Greta Thunberg a receber comida de um dos soldados. "Os passageiros estão a salvo e receberam sandes e água", lê-se.  "Há formas de entregar ajuda à Faixa de Gaza - que não envolvem provocações e selfies", acrescentam as forças israelitas na publicação. 

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