Jornalista saudita gravou a sua própria morte

Apple Watch terá registado áudio de Jamal Khashoggi a ser torturado e morto.

14 de outubro de 2018 às 09:19
Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita Foto: Twitter
Jamal Khashoggi Foto: EPA
Responsáveis da Arábia Saudita entram no consulado saudita em Istambul onde, no passado dia 2, um jornalista crítico do regime terá sido assassinado Foto: EPA

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O jornalista saudita Jamal Khashoggi, desaparecido há mais de uma semana após visitar o consulado do seu país em Istambul, terá registado em áudio no seu Apple Watch o momento em que foi torturado e morto por agentes sauditas no interior do edifício. As gravações foram sincronizadas com a sua conta de iCloud e já terão sido recuperadas pelos investigadores turcos.

O relógio do jornalista está em paradeiro incerto, tal como o seu corpo, mas as gravações, além de terem sido sincronizadas com a ‘nuvem’ da Apple, foram também parcialmente descarregadas para o iPhone do jornalista, que este deixou com a namorada antes de entrar no consulado. Peritos levantaram algumas dúvidas sobre esta hipótese, uma vez que, para isso ser possível, o relógio e o telemóvel tinham de estar ligados à mesma rede wi-fi e estarem separados entre si por uma distância máxima de 9 a 15 metros, dependendo dos obstáculos.

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Recorde-se que as autoridades turcas já tinham informado os EUA de que possuíam gravações áudio que provavam que o jornalista tinha sido torturado e morto, desconhecendo-se se se referiam aos ficheiros gravadas pelo relógio do jornalista.

O presidente Donald Trump já avisou que, caso seja verdade que o jornalista foi assassinado no interior do consulado, o governo saudita sofrerá uma "punição severas".

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