Liberdade de Lula da Silva nas mãos de 11 juízes
Supremo Tribunal avalia pedido de habeas corpus que visa manter o ex-presidente em liberdade até esgotar todos os recursos legais.
O futuro político e a própria liberdade do ex-presidente Lula da Silva voltam a estar em xeque hoje, dia em que o Supremo Tribunal (STF) brasileiro vai julgar um habeas corpus pedido pelo antigo governante. Se perder, Lula, condenado em janeiro a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção, poderá ser imediatamente levado para a prisão para iniciar o cumprimento da pena.
O habeas corpus, em que Lula pede para não ser preso enquanto não esgotar todos os recursos legais, começou a ser julgado no dia 22 de março.
Mas divergências entre os 11 juízes do STF, e o adiantado da hora, levaram os magistrados a decidirem adiar a sessão para hoje.
Lula ganhou, dessa forma, um salvo-conduto que impedia até esta quarta-feira que o tribunal que o condenou decretasse a sua prisão.
O julgamento de hoje decorre em clima de grande tensão, esperando-se que milhares de manifestantes pró e contra Lula se concentrem frente ao edifício do Supremo Tribunal, em Brasília, e em mais de 100 outras cidades.
A preocupação com a possibilidade de tumultos violentos levou a presidente do tribunal, Carmen Lúcia, a ir à televisão fazer um apelo, tanto aos manifestantes quanto aos outros juízes do Supremo Tribunal, para manterem a serenidade e respeitarem as opiniões divergentes.
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