Líderes internacionais condenam Bolsonaro após tragédia na Amazónia
Presidente francês propôs o debate da destruição da Amazónia na cimeira do G7 deste fim de semana, em Biarritz.
A tragédia dos incêndios e do abate de árvores que estão a destruir milhares de quilómetros de floresta na Amazónia uniu vários líderes mundiais contra Jair Bolsonaro. O presidente brasileiro é acusado de nada fazer para deter o flagelo e até de o incentivar. Na linha de frente, o presidente de França, Emmanuel Macron, chamou mentiroso a Bolsonaro.
Em comunicado, a presidência francesa considerou que Bolsonaro mentiu na recente cimeira do G20, em Osaka, ao garantir a defesa da Amazónia para que a UE aceitasse o acordo de livre comércio com o Mercosul. Por isso, acrescenta, no atual quadro de devastação da Amazónia, França vai vetar esse acordo, posição que será partilhada pela Irlanda.
Macron instou os membros do G7, que se reúnem hoje e amanhã em França, a discutirem a situação na Amazónia, que macron considera uma emergência global, sendo apoiado por Alemanha e Canadá, parceiros do G7. Em resposta truculenta no Twitter, Bolsonaro escreveu que Macron está a influenciar outros países de forma sensacionalista para colher dividendos internos e que o G7 discutir a Amazónia sem a presença do Brasil é um resquício do colonialismo europeu.
Tentando amenizar as críticas e retaliações, entre as quais a ameaça da Finlândia de propor à UE a suspensão da importação de carne brasileira, Bolsonaro fez uma reunião de emergência com o governo e vai avançar a proposta de usar as Forças Armadas na Amazónia, para combater os fogos e para reforçar a segurança.
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