Lula da Silva diz que não se vai humilhar ao ligar para Trump
Pelo menos 10 mil empresas correm o risco de serem afetadas devido às tarifas sobre os produtos brasileiros exportados para os EUA, de acordo com as estimativas.
No dia em que uma pesada sobretaxa de 50% começou a incidir sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, o presidente do Brasil, Lula da Silva, reafirmou esta quarta-feira que não vai ligar para o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, para tentar reduzir essas tarifas. Numa postura cada vez mais radical tanto em questões internas quanto externas, Lula afirmou que ligar para o poderoso presidente dos EUA seria uma humilhação.
“Pode ter a certeza de uma coisa: no dia em que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar", declarou o governante, desfazendo as esperanças dos ministros e assessores que têm insistido para ele ter um gesto de humildade e telefonar para Trump, como fizeram com êxito chefes de Estado de todo o mundo.
A estimativa é que pelo menos 146 mil empregos poderão ser perdidos no Brasil num primeiro momento devido às tarifas, e que pelo menos 10 mil empresas, grande parte delas pequenas e médias, poderão ser afetadas. Mas Lula continua intransigente, faz ataques diários aos EUA e a Donald Trump, e reclama que ninguém do governo norte-americano aceita conversar com o seu vice-presidente, Geraldo Alckmin, nem com os seus ministros.
“O vice-presidente Geraldo Alckmin está tentando negociar, assim como o ministro da Economia, Fernando Haddad, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mauro Vieira. Mas o que nós não encontramos é interlocução, ninguém fala com a gente", queixou-se o veterano político.
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