Manifestação pró-Lula tem feridos e detidos

Antigo presidente do Brasil está a ser julgado esta quarta-feira.

24 de janeiro de 2018 às 18:02
Polícia Militar brasileira Foto: Getty Images
Polícia Militar, brasil, autoridades Foto: Getty Images
Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar) da Venezuela Foto: Getty Images

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Uma manifestação na cidade de João Pessoa, nordeste do Brasil, em favor do ex-presidente Lula da Silva, que esta quarta-feira está a ser julgado no outro extremo do país, em Porto Alegre, terminou em confronto com a Polícia Militar. Houve vários feridos de ambos os lados e pelo menos um agente e três manifestantes precisaram ser levados para hospitais, e quatro simpatizantes do antigo presidente foram detidos.

O confronto aconteceu em frente ao edifício da justiça federal, onde estava previsto que a marcha terminasse e se iniciasse uma concentração para acompanhar o julgamento através de um ecrán gigante. Manifestantes tentaram derrubar o portão do fórum e invadir o tribunal e a polícia reagiu.

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O tumulto, que inicialmente tinha apenas meia dúzia de envolvidos, generalizou-se, com os manifestantes a atirarem pedras contra a polícia. Esta reagiu com granadas de efeito moral, balas de borracha e cassetetes, e o incidente transformou-se numa verdadeira batalha campal.

Esse confronto na capital do estado da Paraíba era às 15 e 30, hora de Lisboa, uma das raras excepções entre os muitos actos que a essa hora se realizavam por todo o Brasil e que, na sua esmagadora maioria eram pacíficos. Desde o amanhecer desta quarta-feira, manifestantes pró e contra Lula concentraram-se em cidades de pelo menos 20 dos 27 estados brasileiros a acompanhar o julgamento por ecráns e separados por forças policiais para evitar confrontos entre os dois lados.

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A mais de 3500 km de João Pessoa, em Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, no referido horário, o relator do processo contra Lula, desembargador João Gebran Neto, lia o seu extenso voto há quase três horas e tudo indicava que ia manter a condenação do ex-presidente e até poderia aumentar a pena. Lula foi condenado em Julho a nove anos e meio de prisão por ter recebido um apartamento triplex numa praia de São Paulo como "luvas" pagas pela constructora OAS e o que está em julgamento esta quarta é o recurso do antigo governante, pedindo a anulação da sentença.

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