Maratona negocial para evitar a guerra

EUA e Rússia vão debater preocupações de segurança nas regiões do Leste da Europa.

29 de dezembro de 2021 às 01:30
Manobras militares Foto: SERGEY DOLZHENKO/EPA
Protestos Rússia Foto: YURI KOCHETKOV/EPA

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A Rússia e os EUA vão manter conversações de segurança no dia 10 de janeiro com vista a baixar as tensões na Ucrânia e evitar uma guerra. Essas negociações deverão ser seguidas por outras entre representantes russos e da NATO, no dia 12, às quais deverá seguir-se, no dia 13, uma cimeira mais alargada envolvendo, além de Rússia e EUA, vários países europeus.

A confirmação das negociações surgiu esta terça-feira, um dia depois de o presidente norte-americano, Joe Biden, aprovar um pacote de apoio a vários países europeus que ameaça perturbar o ambiente de concórdia à mesa das negociações. É que esse pacote inclui 300 milhões de dólares (cerca de 270 milhões de euros) para apoio militar à Ucrânia.

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Recorde-se que Moscovo tem acusado repetidamente a NATO de alargar de forma agressiva a sua esfera de influência, levando países do antigo bloco soviético para a organização, e exige agora garantias de que a Ucrânia não se juntará a esse grupo.

“Quando nos sentarmos para conversar, a Rússia poderá colocar em cima da mesa as suas preocupações e nós colocaremos as nossas com as atividades russas”, referiu um porta-voz, não identificado, da Casa Branca, concluindo, de forma pragmática: “Haverá áreas em que faremos progressos e outras em que discordaremos. A diplomacia é assim mesmo.”

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Organização de direitos humanos banida

O Supremo Tribunal da Rússia ordenou ontem o fecho da Memorial International, a mais antiga ONG do país.

Fundada na década de 1980, criou 23 delegações pela União Soviética e ganhou relevo com estudos sobre a repressão, tendo criado, nomeadamente, uma base de dados das vítimas dos Gulag. O Nobel da Paz russo Andrei Sakharov foi um dos fundadores. O Memorial Human Rights Center, ‘filial’ da mesma ONG, também está ameaçado por, alegadamente, “justificar o terror e o extremismo” .

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