Marcha pela liberdade “dos presos políticos” na Catalunha

Famílias dos membros do governo catalão detidos por rebelião encabeçam marcha.

12 de novembro de 2017 às 09:46
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Esteladas, bandeiras separatistas, protesto, manifestação, Catalunha Foto: Albert Gea/REUTERS

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Mais de 750 mil pessoas saíram ontem à rua em Barcelona (números da Guarda Urbana) para pedir a liberdade dos líderes catalães encarcerados. A manifestação foi promovida pela Assembleia Nacional Catalã (ANC) e pela Ómnium Cultural, cujos líderes foram detidos, tal como os membros do governo destituído da Catalunha (com exceção do ex-presidente Carles Puigdemont e quatro ex-conselheiros, refugiados em Bruxelas).

A frente da marcha foi ocupada por familiares do ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras e dos restantes nacionalistas detidos, que ostentavam cartazes pedindo "liberdade para os presos políticos".

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No final da marcha foram projetados vídeos, entre eles um com uma mensagem gravada em Bruxelas por Puigdemont. "Tem de haver um clamor unitário", afirmou o ex-presidente catalão, que elogiou os manifestantes e fez um apelo a mais luta: "Não nos deixemos atemorizar pelos que quiseram cortar as nossas liberdades e humilhar as nossas instituições".

E concluiu: "Não há prisões nem exílios que nos possam dissuadir". Antes da manifestação, Puigdemont escreveu, no Twitter, que se nas eleições de 21 de dezembro "houver uma maioria clara de uma comunidade que diz ‘eu quero ser um Estado independente’, é imperativo que o Mundo respeite essa decisão".

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"Fugiram e deixaram o país sozinho" 

A presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau, acusou ontem Carles Puigdemont e restantes membros do governo da Catalunha de levarem a região "ao desastre" com a declaração unilateral de independência (DUI).

"Queremos que os presos saiam, mas também que um governo irresponsável reconheça os seus erros", afirmou Colau, criticando Puigdemont por fugir para Bruxelas após a DUI, "deixando o país sozinho na incerteza".

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ERC rejeita de novo  candidatura unida

A Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) apresentou ontem as listas para as eleições de 21 de dezembro, rejeitando uma aliança com o PDeCAT, do ex-presidente catalão Carles Puigdemont. Oriol Junqueras e os restantes líderes da ERC detidos vão integrar as listas eleitorais.

Pormenores

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Forcadell ausente

A ex-presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, detida pelo processo separatista e libertada após pagamento de fiança, faltou à marcha de Barcelona a conselho dos seus advogados, e não deverá integrar as listas eleitorais da ERC.

Interferência da Rússia

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A Rússia interferiu na crise catalã, refere um estudo da Universidade George Washington, nos EUA, segundo o qual meios ligados ao Kremlin usaram ‘contas-zombie’ em redes sociais na Venezuela para difundir uma imagem pouco favorável de Espanha.

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