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Autarca de Barcelona acusa Puigdemont de conduzir região "ao desastre"

Ada Colau considera que a maioria dos catalães "não queria" uma declaração de independência.

11 de novembro de 2017 às 17:49

A presidente da câmara de Barcelona, Ada Colau, acusou este sábado o governo catalão destituído, de Carles Puigdemont, de ter conduzido a região "ao desastre", considerando que a maioria dos catalães "não queria" uma declaração de independência.

Durante uma reunião do seu partido Catalunya en Comú (esquerda), Ada Colau exigiu "explicações" aos dirigentes separatistas, ao mesmo tempo que apelava à libertação dos que estão atualmente detidos.

"Queremos que os prisioneiros sejam libertados, mas queremos também que um governo irresponsável que conduziu o país ao desastre enfrente (as suas responsabilidades) e reconheça os seus erros", disse, antes de participar numa manifestação em Barcelona pela libertação dos dirigentes presos.

Oito ex-ministros regionais estão detidos, enquanto Puigdemont e mais quatro membros do seu executivo continuam refugiados em Bruxelas, à espera que a justiça da Bélgica dê seguimento ao mandato europeu de detenção pedido pela justiça espanhola.

"Eles provocaram tensões no país (Catalunha) e fizeram uma declaração unilateral de independência que não era desejada pela maioria" da população, acusou Colau, que não é independentista, embora defenda a realização de um referendo de autodeterminação da região para resolver a questão.

Segundo a autarca, a declaração de independência foi feita "enganando a população por interesses partidários".

A declaração de independência votada em 27 de outubro por 70 dos 135 deputados do parlamento catalão "não trouxe a república", constatou, criticando o presidente do executivo catalão destituído Carles Puigdemont por ter partido para a Bélgica deixando a Catalunha "sozinha face à incerteza".

"Eles fizeram a declaração e depois desapareceram", disse.

Ada Colau também critica a reação do Governo espanhol do conservador Mariano Rajoy, que ativou o artigo 155 da Constituição, suspendendo a autonomia da região, destituiu o executivo, dissolveu o parlamento e convocou eleições regionais.

Presidente da câmara de Barcelona desde junho de 2015, Ada Colau faz campanha com o terceiro partido espanhol, Podemos (esquerda radical), para aquelas eleições marcadas para 21 de dezembro.

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