Ministro do Equador acusa manifestantes indígenas de tentar assassinar Presidente
Veículo de Daniel Noboa foi atacado durante uma manifestação antigovernamental.
O ministro da Defesa equatoriano, Guan Carlo Loffredo, acusou esta quarta-feira manifestantes indígenas de tentarem na terça-feira assassinar o Presidente do Equador, Daniel Noboa, cujo veículo foi atacado durante uma manifestação antigovernamental.
"O nível de agressividade com que a comitiva foi atacada mostra que se tratou claramente de uma tentativa de assassínio e de um ato de terrorismo contra o Presidente", declarou o ministro à estação televisiva equatoriana Teleamazonas.
Na terça-feira, Daniel Noboa escapou ileso de um ataque ao veículo em que seguia.
"Quinhentas pessoas surgiram e começaram a atirar pedras (ao cortejo presidencial) e, claramente, há também sinais de balas na viatura do Presidente", descreveu a ministra do Ambiente e da Energia, Inés Manzano, à comunicação social, assegurando que o Presidente se encontra bem.
Na rede social X, a presidência do Equador publicou vídeos que mostram a cena do interior de um dos veículos da comitiva presidencial, com vários projéteis a atingirem os vidros.
Outras imagens gravadas no exterior mostram um grupo de manifestantes, alguns indígenas com trajes tradicionais, a atirar pedras e paus à comitiva.
Na mesma rede social, o Governo disse na terça-feira que todos os detidos serão acusados de terrorismo e tentativa de homicídio.
Desde 22 de setembro que o Governo de Noboa enfrenta protestos e bloqueios de estradas em várias províncias, em resposta à remoção do subsídio ao gasóleo, que aumentou o preço de 1,80 dólares (1,54 euros) para 2,80 dólares (2,40 euros) por 3,8 litros.
Os protestos causaram a morte de um manifestante indígena, 150 feridos e cerca de 100 detenções, segundo dados oficiais e de organizações de defesa dos direitos humanos.
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