Mulher detida durante homenagem a Sarah Everard apela a nova vigília este domingo
Patsy Steven admitiu ter sido algemada, arrastada e cercada por 10 polícias, em Londres.
A mulher apelou à realização de uma nova vigília este domingo, como forma de resposta contra a maneira agressiva de como as autoridades agiram e para que "as mulheres possam ser vistas e ouvidas".
Patsy Stevenson juntou-se, na noite deste sábado, a muitas outras em nome de todas as que não podem nem conseguem andar sozinhas na rua devido ao medo que sentem dos homens e acabou por ser uma das quarto detidas pelas autoridades durante o confronto, segundo revela o jornal britânico The Daily Mirror.
O conflito que se gerou deveu-se ao facto de centenas de mulheres se terem reunido para um último adeus a Sarah Everard e terem recusado abandonar o local, a pedido das autoridades londrinas.
Patsy disse à organização social Counterfire que "foi vergonhoso o facto da polícia ter aparecido, até porque antes disso o protesto estava a ser pacífico" e confirma ter sido algemada, arrastada e cercada por 10 polícias.
As autoridades mostraram-se contra os aglomerados que ali se verificavam, devido às regras em vigor de confinamento, em Inglaterra, e ao perigo de contágio.
A sede da Policia Metropolitana de Londres, 'Scotland Yard,' defendeu as ações das autoridades, dizendo que estas foram "colocadas perante uma ocorrência onde a fiscalização era necessária".
A Comissária Assistente da Polícia Metropolitana, Helen Ball, garante que o ajuntamento de centenas de pessoas representou um risco muito grande de contágio de Covid-19.
"A polícia deve agir pela segurança das pessoas, esta é a única coisa responsável a fazer. A pandemia não acabou e fazer ajuntamentos ainda não é seguro", concluiu.
Recorde-se que o corpo de Sarah Everard foi encontrado na passada quarta-feira, numa floresta, em Kent, Inglaterra.
O polícia Wayne Couzens foi acusado de sequestrar e assassinar Sarah e esteve presente em tribunal, este sábado.
O desaparecimento e a morte de Sarah Everard geraram indignação pública e sérios debates sobre a violência contra as mulheres e a segurança pessoal.
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