Novo Banco bloqueia transferência milionária de Maduro
Em 2018 a instituição financeira portuguesa vendeu a sua sucursal por 272 mil euros.
O Novo Banco congelou uma transferência de mais de mil milhões de euros (1,2 mil milhões de dólares) do governo de Nicolás Maduro para o Uruguai. A notícia foi avançada pela agência Reuters citando o deputado venezuelano Carlos Paparoni.
Paparoni, que é presidente da Comissão de Finanças da Assembleia Nacional da Venezuela, falou ontem numa sessão parlamentar e explicou que foi "um valor próximo dos 1200 milhões de dólares (1,05 mil milhões de euros), para a banca uruguaia. Especificamente, tentaram transferir para o Banco República e o Banco de Desenvolvimento Económico e Social (Bandes), do Uruguai".
A instituição portuguesa tem uma linha de crédito com a Petróleos da Venezuela (PDVSA) que foi herdada do tempo do Banco Espírito Santo (BES). As relações financeiras da instituição de Ricardo Salgado com empresas públicas venezuelanas chegou a atingir os 8,2 mil milhões de euros entre janeiro de 2009 e dezembro de 2011.
Em março de 2018 o Novo Banco vendeu a sua operação na Venezuela ao BANCAMIGA, Banco Universal, C.A por um valor irrisório, 272 mil euros, e deixou de operar totalmente no país. No entanto, o crédito ativo com a PDVSA permaneceu em carteira e a petrolífera venezuelana nunca entrou em incumprimento.
GOE impedido de entrar na Venezuela
De acordo com a RTP, as autoridades venezuelanas não permitiram o desembarque das malas diplomáticas em que seguiam as armas e demais equipamento dos agentes e os operacionais acabaram por regressar a Lisboa na segunda-feira. MNE recusou comentar.
Ameaça de prisão contra Juan Guaidó
PORMENORES
Acusações a Portugal
Maduro acusa Portugal de "sequestrar" 30 milhões de euros da Venezuela. "Agora mesmo sequestraram-nos 30 milhões em Portugal, com os quais estávamos a pagar um sistema de autocarros que comprámos para transporte público", disse Maduro numa entrevista.
Papa disponível
O Papa Francisco mostrou-se ontem disponível para mediar as negociações entre o governo e a oposição, desde que exista um convite formal de ambas as partes e que seja iniciado um processo formal de diálogo.
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