Novo Congresso do Brasil já está sob suspeita
Partido do presidente eleito fez da luta contra a corrupção bandeira de campanha mas tem sete eleitos com problemas com a Justiça.
Mesmo com a renovação de quase metade na Câmara dos Deputados e um pouco menos no Senado, o Congresso brasileiro que saiu das eleições de outubro e tomará posse em fevereiro já tem um terço dos deputados e senadores sob suspeita.
Muitos acusados de corrupção e outros crimes não foram reeleitos, mas entre os reeleitos e os eleitos pela primeira vez há dezenas a braços com a Justiça.
Segundo o jornal ‘Estado de S. Paulo’ dos 513 deputados 160 são alvo de processos judiciais. No Senado, 38 dos 81 senadores também são acusados. Ao todo, há 540 ações contra parlamentares.
E há acusações de todos os tipos, desde corrupção e fraude, branqueamento de capitais, enriquecimento ilícito, peculato, fraude eleitoral e crimes ambientais até homicídio, assédio sexual e violência doméstica.
Dos 30 partidos representados no Congresso, apenas seis não elegeram parlamentares envolvidos em processos judiciais.
Os partidos com mais parlamentares indiciados são o MDB, de Michel Temer, com 52% dos deputados ou senadores, e o PT, de Lula da Silva, com 48%.
Nem o PSL, do presidente eleito, Jair Bolsonaro, fica de fora. Dos 56 deputados do PSL, eleitos sob a bandeira da ética e da moralidade na vida pública, sete têm contas a prestar à Justiça e um oitavo só não tem porque o crime prescreveu.
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