Número de rohingyas que chegaram ao Bangladesh sobe para 270 mil

ONU estima que mais de um milhar de pessoas podem ter morrido devido à violência no estado de Rakhine.

08 de setembro de 2017 às 12:04
Rohingyas Foto: Getty Images
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Pelo menos 270.000 membros da minoria muçulmana rohingya chegaram ao Bangladesh desde que começou a onda de violência no noroeste da Birmânia, a 25 de agosto, informou esta sexta-feira a ONU.

Segundo um relatório do Grupo de Coordenação Intersetorial, o número surge após uma contagem realizada nas últimas 48 horas pelas agências que trabalham no terreno na província fronteiriça de Cox's Bazar (sudeste) e representa um aumento de 106.000 pessoas face ao número fornecido na quinta-feira.

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A maioria dos recém-chegados, cerca de 130.000, estão alojados em assentamento temporários e acampamentos já existentes.

As autoridades do Bangladesh começaram a estabelecer um novo centro de refugiados, que deverá juntar-se a dois já ativos antes do atual êxodo iniciado a 25 de agosto, e um quarto assentamento "espontâneo" está a formar-se na zona fronteiriça de Ukhia.

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O Grupo de Coordenação alertou para a necessidade imediata de alimentos, já que a maioria dos rohingyas já acabaram os seus mantimentos e dependem agora da caridade das comunidades de acolhimento.

Mais de um milhão de rohingyas vive em Rakhine, no oeste da Birmânia, onde sofre crescente discriminação desde o início da violência em 2012.

A violência escalou desde o ataque, no passado dia 25 de agosto, contra três dezenas de postos da polícia pela rebelião, o Exército de Salvação do Estado Rohingya (Arakan Rohingya Salvation Army, ARSA), que defende os direitos dos rohingya.

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A ONU estima que mais de um milhar de pessoas, maioritariamente da minoria muçulmana rohingya, podem ter morrido devido à violência no estado de Rakhine, um número duas vezes superior às estimativas das autoridades da Birmânia

As autoridades birmanesas não reconhecem a cidadania aos rohingya e consideram-nos imigrantes, impondo-lhes múltiplas restrições, incluindo a privação de liberdade de movimentos.

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