Pai de Julen diz que continua "a ver o poço" sempre que fecha os olhos

José Roselló não se conforma com a morte do filho em Málaga.

01 de fevereiro de 2019 às 18:35
Os pais de Julen, Jose Rosello e Vicky Garcia, confortam-se durante a operação do resgate do menino que caiu em poço Foto: Getty Images
O pai de Julen, José, é confortado por familiares e amigos no exterior do cemitério Foto: EPA/Daniel Perez
Velório. Os pais de Julen seguram uma bola durante o velório do menino, que decorreu na casa fúnebre de El Palo. Dezenas de familiares, amigos e vizinhos passaram pelo local para dar apoio ao casal. Foto: Jonnazca/Reuters
Os pais de Julen confortam-se durante a operação do resgate do menino que caiu em poço Foto: Getty Images

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"Maldigo-me a mim próprio, maldigo esse dia, maldigo a hora em que decidi ir ali". É de "coração destroçado" que José Roselló, o pai do menino Julen presta as primeiras declarações públicas desde que o corpo de Julen foi encontrado sem vida num poço de Málaga, a 70 metros de profundidade. "Fecho os olhos e vejo sempre o mesmo, o poço", diz em breve conversa telefónica com o Canal Sur, que aconteceu por sua iniciativa. E promete que nunca mais volta ao local onde fazia o último piquenique com o filho. Nem esquece o que almoçava nesse dia: "nunca mais como uma paella".

José está reviver com a perda de Julen, de dois anos e meio, o mesmo terror que passou com Óliver, o seu primeiro filho, que também morreu na infância, vítima de doença súbita. "Na altura vivíamos com a minha família, mas tivemos que os deixar porque tudo eram recordações dele. Agora é igual. Não conseguimos ir a casa. Ficamos dois ou três dias em casa de amigos e só vamos a casa para dormir".

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Conta que a mulher, Vicky, leu com emoção as mensagens que receberam de todo o mundo. E explica que ligou para o Canal Sur para encerrar o caso. "Não quero dar mais entrevistas. Só transmitir o nosso agradecimento por todo o apoio que recebemos", diz José, reconhecendo o esforço "da Guardia Civil, dos Bombeiros, mineiros, engenheiros, operários, psicólogos, pessoal da emergência, voluntários da Proteção Civil, vizinhos de Totalán [onde o menino caiu], a mulher que nos cedeu a sua casa (...) estaremos eternamente agradecidos.

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