PCP condena golpe de Estado e pede libertação imediata de Simões Pereira

Partido pede ainda "pleno respeito" pela "legítima vontade do povo guineense.

28 de novembro de 2025 às 15:20
Partido Comunista Português (PCP) Foto: Direitos Reservados
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O PCP condenou, esta sexta-feira, veementemente o golpe de Estado na Guiné-Bissau e pediu o restabelecimento da "ordem constitucional democrática" no país e a "imediata libertação" do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira.

Em comunicado, o PCP "condena veementemente as ações levadas a cabo por um autoproclamado 'alto comando militar' que colocaram em causa a ordem constitucional da República da Guiné-Bissau".

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O PCP frisa que as ações desse comando militar impediram o anúncio dos resultados das eleições legislativas e presidenciais, previsto para esta quinta-feira, e traduziram-se na invasão da sede de campanha do candidato presidencial Fernando Dias da Costa e no sequestro de Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC e presidente da Assembleia Nacional Popular, assim como de "outros responsáveis políticos e cidadãos guineenses".

"Solidarizando-se com o povo guineense, o PCP insta ao imediato estabelecimento da ordem constitucional democrática na Guiné-Bissau, ao fim das perseguições e à imediata libertação de Domingos Simões Pereira e de todos os responsáveis políticos e cidadãos guineenses que foram ilegal e arbitrariamente detidos", lê-se.

O partido pede ainda "pleno respeito" pela "legítima vontade do povo guineense expressa nas recentes eleições legislativas e presidenciais realizadas no passado dia 23 de novembro, com o anúncio dos resultados eleitorais".

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A junta militar que tomou o poder na Guiné-Bissau nomeou general Horta Inta-A como presidente de transição pelo período de um ano, enquanto o chefe de Estado cessante, Umaro Sissoco Embaló, deixou o país rumo ao Senegal.

Os militares anunciaram a suspensão do processo eleitoral na véspera da divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a participação do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da corrida eleitoral e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

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Simões Pereira foi detido após o anúncio da junta militar.

A oposição, que reclamou vitória nas eleições presidenciais, denuncia a intervenção militar como uma manobra orquestrada pelo Presidente cessante para travar a divulgação dos resultados eleitorais.

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