Pelo menos dez pessoas morreram em operação contra o tráfico de droga no Rio de Janeiro
Operação foi levada a cabo por tropas de elite da Polícia Militar.
Uma operação conjunta da Polícia Militar (segurança pública) e da Polícia Civil (judiciária) deixou pelo menos 10 pessoas mortas na manhã desta quarta-feira na Vila Cruzeiro, populosa favela do Complexo da Penha, na zona norte da cidade brasileira do Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, todos os mortos eram suspeitos de fazer parte do tráfico de droga na região da Vila Cruzeiro e da Chatuba.
Um dos mortos com a identidade já confirmada é Carlos Alberto Marques Toledo, conhecido como Fiel da Penha, e apontado pela polícia como o chefe do tráfico de droga na Chatuba, uma das favelas do Complexo da Penha. Além das 10 pessoas mortas confirmadas até às 11 horas locais, 15 horas em Lisboa, pelo menos outras três ficaram feridas, uma delas um agente da Polícia Militar, e estavam a essa hora internadas em hospitais da região.
A operação foi levada a cabo por tropas de elite da Polícia Militar, nomeadamente o temido Bope, Batalhão de Operações Policiais Especiais, e também da Polícia Civil, entre eles a Core, Coordenadoria de Recursos Especiais, que usaram veículos blindados e tiveram o apoio de helicópteros igualmente com blindagem especial.
De acordo com autoridades do Rio de Janeiro, o Complexo da Penha é um dos principais redutos do Comando Vermelho, a maior fação criminosa daquele estado brasileiro. É na Penha, acrescentam as autoridades, que criminosos dessa organização planeiam ações por toda a capital fluminense, entre elas ataques a favelas comandadas por grupos rivais.
O elevado número de pessoas mortas nesta operação policial no Rio de Janeiro soma-se aos trágicos balanços de outras ações da polícia nas cidades de Salvador, capital do estado da Bahia, e Guarujá, no litoral do estado de São Paulo. Em Salvador, 19 pessoas foram mortas durante o passado fim de semana e na segunda-feira em intervenções da polícia local, e no Guarujá, outras 15 foram mortas por forças especiais da polícia após um agente ter sido assassinado por traficantes no final da semana passada.
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