Polícia desmente que 'Japinha do CV' tenha morrido na operação mais letal da história do Rio de Janeiro
Operação policial decorreu nos Complexos do Alemão e da Penha. Morreram pelo menos 121 pessoas.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro negou que o corpo que aparece em várias imagens divulgadas nas redes sociais durante a operação mais letal da história desta cidade brasileira, pertença à "Japinha do CV", identificada como Penélope. Segundo a CNN Brasil, as autoridades afirmaram que o corpo é do jovem de 22 anos, Ricardo Aquino dos Santos, natural da Bahia, que tinha dois mandados de prisão.
De acordo com as autoridades nenhuma das vítimas mortais da 'Operação Contenção', realizada a 28 de outubro, é mulher. A operação policial decorreu nos Complexos do Alemão e da Penha.
"Diferentemente do que foi divulgado nos media e redes sociais, não havia nenhuma mulher entre os opositores mortos na Operação Contenção. A imagem compartilhada era do corpo de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia. Contra ele, que tinha histórico criminal na Bahia, havia dois mandados de prisão ativos", pode ler-se numa nota partilhada pela Polícia do Civil do Rio de Janeiro, citada pela CNN Brasil.
A imagem de "Japinha", supostamente morta, foi inclusive partilhada pela família da jovem que chegou mesmo a lamentar a sua morte, mesmo sem o nome de Penélope ter sido divulgado nas listas com as identificações das vítimas mortais apresentadas pelo governo do Rio de Janeiro. A irmã de Penélope pediu que as imagens deixassem de ser partilhadas: "Por favor, parem de postar as fotos dela morta. Eu e minha família estamos sofrendo muito".
"Japinha do CV" é considerada uma das combatentes de confiança do Comando Vermelho - uma das maiores organizações criminosas do Brasil, criada em 1979. Os internautas diziam que Penélope tinha sido morta com um tiro no rosto pela polícia após ter oferecido resistência às autoridades. Supostamente, a jovem estava vestida com roupa camuflada.
Na 'Operação Contenção' resultaram pelo menos 121 vítimas mortais. Segundo o governo, citado pela CNN Brasil, mais de 95% dos corpos identificados tinha ligações ao Comando Vermelho e 54% não eram do Rio de Janeiro.
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