Polícias condenados por omissão de auxílio a George Floyd

Agentes que assistiram à morte do afro-americano e nada fizeram foram considerados culpados por violação dos direitos cívicos.

26 de fevereiro de 2022 às 12:27
Thao, morte, george Floyd Foto: fotos: direitos reservados
Lane, George Floyd, morte
Kueng, George Floyd, morte
Chauvin Foto: POOL / REUTERs

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Os três polícias da cidade de Minneapolis, EUA, que assistiram à morte do afro-americano George Floyd durante uma operação policial foram condenados por violação dos direitos cívicos e omissão de auxílio. Floyd, de 46 anos, morreu asfixiado a 25 de maio de 2020, devido à pressão sobre o seu pescoço exercida com o joelho pelo agente Derek Chauvin, já condenado pelo homicídio. Os arguidos, que entretanto foram expulsos da polícia, vão ficar em liberdade sob fiança até ao dia da sentença final.

O tribunal considerou que os ex-agentes Tou Thao, de 36 anos, J. Alexander Kueng, de 28, e Thomas Lane, de 38, “mostraram indiferença deliberada” no momento em que tudo acontecia e nada fizeram para evitar que o afro-americano morresse. Enquanto Chauvin pressionava o pescoço da vítima - o que aconteceu durante nove minutos e meio - Kueng ajoelhou-se nas costas de Floyd, Thomas Lane segurou-lhe as pernas e Tou Thao manteve os transeuntes longe. Os três foram condenados por negarem o direito constitucional de Floyd a cuidados médicos enquanto estava sob custódia.

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O crime por violação de direitos cívicos que resulte em morte é punível com prisão perpétua ou morte, mas é raro ser esta a sentença. “Isto é só responsabilização. Nunca poderá ser justiça, porque não posso recuperar o meu irmão”, disse Philonise Floyd após a audiência.

22 anos e meio de cadeia para Chauvin

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O ex-polícia Derek Chauvin foi condenado, em junho do ano passado, a 22 anos e meio de prisão pelo assassinato de George Floyd. Foi considerado culpado em três acusações de homicídio pelo tribunal de Minneapolis. Chauvin imobilizou George Floyd e algemou-o, por suspeita de ter passado uma nota falsa de 20 dólares. As últimas palavras de Floyd - “não consigo respirar” - ficaram registadas em vídeo e transformaram-se num slogan nos protestos contra a violência policial sobre os afro-americanos.

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