Primeira filha de madrasta de Gabriel Cruz morreu ao cair de janela
Ridelca Josefina perdeu a vida quando tinha apenas quatro anos.
Ana Julia Quezada, a madrasta de Gabriel Crúz, apontada como a principal suspeita pela morte do enteado de oito anos, teve uma filha que morreu aos quatro anos, ao cair de uma janela de um sétimo andar, sabe-se agora.
Na altura, em 1994, as autoridades afirmaram que a criança estava apenas ao seu cuidado, mas agora, confirmaram que se tratava da filha de Ana Julia.
A mulher trouxe consigo Ridelca Josefina quando emigrou da República Dominicana para Espanha, na década de 90. Quando tinha quatro anos, a menina morreu ao cair de uma janela localizada no sétimo andar do prédio onde viviam, em Burgos. Naquela altura, encontrava-se também em casa a segunda filha de Ana Julia, já nascida em Espanha e atualmente com 24 anos.
Naquela altura, a morte lamentável de Ridelca - fruto de uma relação entre Ana Julia e um homem do seu país de origem - foi investigada pela Policia Nacional, no entanto, foi arquivada e tratada como um acidente. Mas agora, as autoridades espanholas decidiram revisitar o caso, na sequência da implicação de Ana Julia Quezada na morte de Gabriel Cruz, a fim de tentarem encontrar pistas que possam esclarecer ou justificar o crime.
De acordo com o jornal La Vanguardia, o passado da mulher - que ainda não é totalmente claro - tem ligações à prostituição. Ana Julia Quezada terá trabalhado num bar de alterne, de onde foi "resgatada" por um homem que se apaixonou por esta e com teve uma filha, Judith. Atualmente, a mulher vivia em Almería com o pai de Gabriel, Ángel Cruz.
Após ter estado 12 dias desaparecido, o corpo do pequeno Gabriel Cruz foi encontrado na mala do carro da madrasta, Ana Julia. Gabriel desapareceu a 27 de fevereiro, num curto trajeto de 100 metros entre a casa da avó e a casa dos primos. Os pais do menino, que estão separados, fizeram vários apelos públicos e centenas de pessoas participaram nas buscas. Quatro dias depois, a namorada do pai, Ana Julia, encontrou uma camisola do menino num desfiladeiro a 4 quilómetros. A polícia desconfiou e colocou-a sob vigilância. Ontem, com o apertar das buscas, a mulher foi buscar o corpo ao poço para onde o tinha atirado e meteu-o na mala do carro para o esconder noutro sítio, altura em que foi intercetada pela polícia. Ainda não revelou o motivo do crime.
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