Partido de Macron vence eleições francesas mas fica longe da maioria absoluta
Segunda volta das eleições Legislativas foi disputada pela coligação Ensemble! e pela NUPES.
Os resultados da segunda volta das eleições Legislativas, realizadas este domingo, em França, atribuíram a vitória a Emmanuel Macron, mas sem maioria absoluta.A líder do partido União Nacional prometeu uma oposição "firme" e "sem conluio", mas "responsável e respeitosa" das instituições, após os resultados provisórios das legislativas apontarem para um reforço substancial de deputados."
A coligação Ensemble!, que apoia Emmanuel Macron, elegeu 245 deputados, abaixo dos 289 necessários para alcançar a maioria absoluta. Já a coligação de esquerda NUPES obteve 131. O partido de Marine Le Pen, Rally Nacional, obteve 90 deputados, atingindo assim um recorde.
"Estamos a tornar-nos no maior grupo da história de nossa família política", afirmou Le Pen, assegurando ainda que o partido conseguiu alcançar os objetivos a que se propôs.
A líder do partido União Nacional prometeu uma oposição "firme" e "sem conluio", mas "responsável e respeitosa" das instituições, após os resultados provisórios das legislativas apontarem para um reforço substancial de deputados."
Referindo-se ao reforço acentuado do número de deputados do Rassemblement National (União Nacional, RN) que poderá chegar aos 100 - face aos atuais oito assentos na Assembleia Nacional -, a líder da extrema-direita francesa prometeu que o partido vai fazer uma oposição "firme" e "sem conluio".
Marine Le Pen disse ainda que "o povo decidiu enviar um poderoso grupo parlamentar para a Assembleia, que se torna um pouco mais nacional" e assegurou que pretende associar todos os eleitos e movimentos políticos desejem participar na recuperação do país.Jean-Luc Mélenchon, líder da coligação NUPES, afirmou que "a derrota do partido presidencial é total". Segundo Mélenchon a NUPES cumpriu o objetivo político
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, considerou este domingo que os resultados das legislativas constituem um "risco para o país" e apelou a uma "maioria de ação" e à "união", prometendo "diálogo" da parte do Governo e do Presidente.
"Esta situação constitui um risco para o nosso país, tendo em conta os desafios que temos de enfrentar tanto a nível nacional, como a nível internacional. Mas temos de respeitar esta votação e tirar as devidas consequências", declarou Elisabeth Borne no palácio de Matignon, a residência oficial do primeiro-ministro, em reação aos resultados da segunda volta das eleições legislativas.
Borne defendeu que a coligação presidencial Ensemble! (Juntos!, em português) é a "força central" da nova Assembleia da República, devendo, por isso, "assumir uma responsabilidade particular" na nova configuração legislativa.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt